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Seminário encerra em Rondonópolis os “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”

A campanha mundial 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres foi encerrada nesta quinta-feira (13), em Rondonópolis, com um seminário realizado no plenário da Câmara de Vereadores.

Com o tema “Violência e Mídia – Direitos Humanos”, o evento foi uma iniciativa da prefeitura de Rondonópolis, por meio das secretarias de Saúde e a de Assistência e Promoção Social, em parceria com a Juíza da Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Rondonópolis, Maria Mazarello Farias Pinto, promotora de Justiça, Joana Maria Bortoni Ninis, da Defesa da Cidadania e do Consumidor de Rondonópolis, o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDC) e Universidade Federal de Rondonópolis (UFR).

O principal objetivo do seminário foi debater informações da violência de gênero como um problema que impacta a vida e a cidadania das mulheres, buscando a sua compreensão e desnaturalização, influenciado pelo tratamento dado pelos meios de comunicação.

Assim como, também, para denunciar as diversas formas de violência contra as mulheres, mobilizando órgãos, sociedade civil e entidades em torno da luta pelo combate a violência contra a mulher, promoção da equidade de gênero e a valorização da diversidade.

“Nós queremos encorajar muitas mulheres a romper com o ciclo de violência no qual vivem. Por isso, o seminário, assim como as ações desenvolvidas ao longo desta campanha, buscou levar informações e divulgar para o máximo possível de pessoas a questão da violência sofrida pelas mulheres”, explicou a gerente do Departamento de Ações Programáticas, Mariuva Valentim, acrescentando que ficou definido entre os parceiros o desenvolvimento de um projeto, para que o próximo ano as ações sejam ampliadas para os bairros da cidade.

Ela destacou que, além desta Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, a prefeitura de Rondonópolis tem buscado ampliar as ações voltadas para romper com a naturalização da violência contra a mulher.

A secretária de Assistência Social, Marcia Rotili, destacou a importância do evento para ampliar os espaços de debate com a sociedade sobre a temática e os esforços que estão sendo feitos pela prefeitura de Rondonópolis para avançar no combate e apoio as mulheres vítimas de violência.

Ela informou que o prefeito Zé Carlos do Pátio encaminhou para Câmara de Vereadores uma mensagem, pedindo autorização para aquisição de um imóvel para sediar a Casa da Mulher de Rondonópolis, que seguirá os moldes do que estabelece a política nacional para proteção das mulheres vítimas de violência doméstica.

“A Casa servirá de abrigo para mulheres em situação de violência doméstica, visando garantir sua integridade física”, contou a secretária, acrescentando que o prefeito já autorizou também a ampliação da equipe do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) para ampliar a proteção de mulheres em situações de violação de direitos e de violência.

Programação

No seminário foram ministradas as palestras: VIOLÊNCIA e MÍDIA, com a doutora Tallitta Tatiane Martins Freitas, que é professora da UFR; DIREITOS HUMANOS, com a doutora Beatriz dos Santos de Oliveira Feitosa, também professora da UFR; e com o policial rodoviário federal, Jeferson Conturbia Neves, que é membro da Comissão Regional de Direitos Humanos da Policia Rodoviária Federal (PRF).

Em seguida, ocorreu um debate com o público presente dos temas abordados pelos palestrantes, assim como testemunhos de vítimas da violência.

Mobilização

Ao longo dos últimos dias, uma série de atividades foi promovida pela prefeitura de Rondonópolis, CMDM e a Vara Especializada de Violência contra a Mulher para chamar a atenção à campanha e à importância da mobilização de toda a sociedade para enfrentamento à violência contra as mulheres.

Histórico

Os 16 dias de ativismo começaram em 1991, quando mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), iniciaram uma campanha com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo, segundo a ONU Mulheres Brasil.

No Brasil, a Campanha ocorre desde 2003 e é chamada 16+5 Dias de Ativismo, pois incorporou o Dia da Consciência Negra. A mobilização termina no Dia Internacional dos Direitos Humanos, celebrado no dia 10 de dezembro. Cerca de 150 países participam da campanha.

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