G20 promete manter pacotes de ajuda para estimular economia

Os líderes mundiais prometeram manter as medidas de estímulo econômico até que a recuperação global esteja garantida e disseram que trabalharão juntos quando for o momento de retirá-las, segundo esboço do comunicado da reunião do G20 (grupo que reúne representantes de países ricos e dos principais emergentes) obtido pela Reuters nesta sexta-feira.
O G20 também chegou a um acordo para adotar medidas para conter os excessos do setor financeiro que causaram a atual crise mundial, segundo o comunicado.
Desde a quebra do banco americano Lehman Brothers, em 15 de setembro do ano passado, governos do mundo todo empenharam recursos da ordem de US$ 6,9 trilhões para conter o avanço da recessão.
Só nos Estados Unidos os valores envolvidos no combate à crise beiram os US$ 2,6 trilhões. Dois pacotes se sobressaem dentre essas ações governamentais: o primeiro, de US$ 700 bilhões, proposto pela administração do então presidente, George W. Bush (2001-2009), foi aprovado em outubro do ano passado; o segundo, de US$ 787 bilhões, foi aprovado em fevereiro deste ano, já na administração de Barack Obama.
O Fed (Federal Reserve, o BC americano), por sua vez, anunciou em março deste ano US$ 1,150 trilhão em recursos para comprar papéis de dívida, principalmente ligados ao mercado imobiliário, mas também em títulos do Tesouro americano.
A China aprovou em março deste ano um pacote de cerca de US$ 585 bilhões; a Coreia do Sul preparou US$ 130 bilhões em ajuda aos bancos locais em outubro do ano passado, para pagarem dívidas que contraírem em moeda estrangeira e outros US$ 25 bilhões em benefícios fiscais para evitar a recessão no país.
O Japão anunciou no ano passado cerca de US$ 550 bilhões entre outubro e dezembro –com a economia já sob os efeitos da quebra do Lehman Brothers–, e, em agosto –antes, portanto, do recrudescimento da crise–, havia anunciado outra ajuda de cerca de US$ 126 bilhões.
Na Europa, os governos também se mobilizaram: o Reino Unido lançou em outubro um pacote de cerca de US$ 830 bilhões; Alemanha e Suécia liberaram ajudas de cerca de US$ 585 bilhões e US$ 213 bilhões respectivamente. França, Holanda, Espanha, Áustria, Itália e Portugal também contribuíram com pacotes bilionários
Fonte: Reuters/Folha online