Uma parcela considerável dos vereadores eleitos em 1996, uma das legislaturas mais polêmicas da História de Rondonópolis, quer voltar a Câmara em 2024. Foi naquela Legislatura, que pela primeira vez, a Câmara de Vereadores, abriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito , que culminou na renúncia do ex-prefeito Alberto de Carvalho.
O período foi marcado por muita instabilidade política e confusões. Personagens do noticiário nacional como o perito Ricardo Molina, veio à cidade para ser ouvido pela Câmara de Vereadores, para analisar um áudio de Alberto, onde o economista Eustásio Barros Filho, se passou por um diretor da empresa de Transporte Coletivo.
Apesar de ter renunciado, anos depois: Alberto foi inocentado.
Os vereadores também aprovaram o sistema de mototáxi da cidade, que funciona até os dias de hoje e a municipalização do sistema de água, passando do Estado para o município e a reestruturação do serviço público criando o Impro e ServSaúde.
Pelo menos cinco dos 17 vereadores eleitos naquela oportunidade ensaiam uma pré-candidatura, como é o caso, por exemplo, de José Ferreira Lemos Neto,o Juca Lemos.
O petista que nas eleições de 1992 ficou fora da Câmara retornou em 96, como um dos líderes da oposição no processo que culminou com a renúncia do ex-prefeito Alberto Carvalho.
De lá para cá, Juca Lemos teve altos e baixos na política; foi reeleito em 2000, chegou a presidir o Serviço de Saenamento Ambiental (Sanear) e depois caiu em uma espécie de ostracismo político.
Juca, tentou sem sucesso, em 2012, ser prefeito mas acabou ficando em terceiro lugar, atrás de Percival Muniz, que foi eleito e de Ananias Filho. Juca acabou sendo nomeado por Percival no Procon e depois na gestão Zé do Pátio, ganhou espaço e agora tenta novamente pelo PT, retornar à Câmara.
Outro nome do grupo é Lourisvaldo Manoel de Oliveira, o Fulô, que em 1996 estava em seu segundo mandato e era filiado ainda ao PL. Fulô, era a voz do grupo de Wellington Fagundes na Câmara e também fazia parte da bancada de oposição ao ex-prefeito Alberto de Carvalho.
Junto com Juca Lemos, ele formava a chamada tropa de choque da oposição, e faziam muito barulho na Câmara.
Fulô foi ainda presidente da Câmara e reeleito em 2000, 2004, 2008 e 2012. Em 2016 e 2020; tentou sem sucesso voltar ao Legislativo. Sua primeira eleição foi em 1992.
Neste ano, ele tenta mais uma eleição no MDB, partido que migrou em 2000 e está na base de sustentação de Thiago Silva
Cido Silva, que atualmente é vereador, estava em seu primeiro mandado em 1996. Na oportunidade, ele se envolveu em uma polêmica com o seu suplente, Carlos Jovino, o Carlinhos Motocross, onde chegou a ser gravado em uma mal explicada história envolvendo um imóvel.
Na mesma lista de 96 está Alcimar Borges, que também tenta retornar a Câmara. Em 96, ele estava em seu primeiro mandato, e vivia uma atuação dúbia com relação ao prefeito Alberto. Hora era oposição, hora era situação. Alcimar chegou a ser dado como desaparecido , após sofrer um acidente de carro, às vésperas de uma votação.
Encerra essa lista, a ex-vereadora Luciene Soares de Lima, que naquela oportunidade estava em seu segundo mandato. Luciene que tinha um grande potencial de votos naquela época, deve ser novamente pré-candidata a vereadora nestas eleições.
O atual prefeito, Zé Carlos do Pátio, também foi eleito, naquela eleição sendo o mais votado. Pátio deixou a Câmara em 98 para ser deputado estadual, reeleito em 2002 e 2006. Em seguida foi eleito prefeito em 2008, eleito deputado estadual em 2014, prefeito em 2016 e 2020
Fonte: Da Redação
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