O nosso entrevistado nesta edição tem uma vasta experiência em cargos públicos de relevante apoio a administração municipal, Secretário de Transporte de Transito (Setrat), Secretário de Infraestrutura do Município cargo cumulativo em que permaneceu durante 6 meses, Secretário de Infraestrutura do Município, Secretário de Gestão no governo municipal de José Carlos do Pátio. Atualmente ocupa o cargo de diretor presidente da CODER, Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis. Vamos conhecer um pouco mais da trajetória de vida dessa brilhante personalidade.
Jornal Folha Regional: Qual a sua naturalidade?
Argemiro: Sou campo-grandense, nasci em Campo Grande, naquele tempo ainda Mato Grosso, hoje Mato Grosso do Sul. Então eu me defino como um campo-grandense mato-grossense .
JFR: Como foi a sua infância em Campo Grande?
Argemiro: A minha infância foi harmoniosa, sou filho único o meu pai Argemiro, que hoje não está entre nós, era de certa forma um pouco aventureiro ligado também ao campo, e quando pequeno fomos residir no interior, numa região próxima a Camapuã numa região chamada Taquaruçu, depois voltamos para Campo Grande novamente, depois ficamos próximo a Camapuã novamente num lugarejo chamado Areado onde meu pai foi Cartorário, e eu fiquei em Campo Grande para estudar. Sempre contando com o apoio da minha querida mãe dona Eucadres, ela reside em Campo Grande.
JFR: Qual era o seu sonho de infância?
Argemiro: O meu avô era militar, e eu sempre quis ser militar e o sonho se concretizou passei por um bom período na caserna, sou ex Capitão do Exército, e consegui realizar aquilo que eu sempre idealizei. Na vida todos nós temos altos e baixos, assim as pessoas vão construindo o seu destino conforme a necessidade. Sou professor docente aposentado, profissão que eu abracei sempre com muito carinho e com muito orgulho.
JFR: Qual o momento ou situação que mais lhe marcou durante a infância e que se tornou inesquecível?
Argemiro: Alguns fatos do quais eu não me esqueço até hoje, partiam das atitudes amorosas da minha avó com quem eu morava. Ela mandava comprar o chamado pão bengala pequeno, ela colocava o pão dentro da lata de arroz para que ele ficasse murcho, tudo porque eu o neto chegava da escola de tarde e amava comer um pedaço daquele pão murcho. Um outro momento inesquecível era um bife, ela fazia o meu bife diferente era feito na tampa da panela de pressão, enquanto o feijão estava cozinhando, o bife estava sendo feito no vapor da tampada panela de pressão. Eu fui garoto mimado até os meus 12 anos de idade, pela família de minha mãe eu sou de uma família números, para que todos tenham uma ideia, a minha mãe é a mais velha de 11 irmãos sendo 8 mulheres e 3 homens. Eu morava na casa da minha avó eu fui o primeiro neto até os meu 12 anos de idade, essa atenção especial, porque não dizer mimação, com um grande número de parentes principalmente as minhas tias que sempre me acarinhavam. Tenho tios da mesma idade, até tios mais novos eu.
JFR: Como foram os seus primeiros anos escolares?
Argemiro: Inicialmente a minha alfabetização começou numa escola rural onde o meu pai morava chamada Escola Rural Mixta em Areado distrito de Camapuã, depois fui estudar no Colégio Enzo Cienteli em Campo Grande, no Colégio Arlindo Lima, todos escola pública. Posteriormente a família foi de mudança para Minas Gerais numa cidade chamada Formiga, lá eu continuei os meus estudos ainda na fase inicial 3ª, 4ª e 5ª. séries, estudei na Escola Pio XII, e fiz a 5ª. série num colégio de padre chamado Antônio Vieira. Depois de algum tempo a família voltou pra Campo Grande na Moderna Associação Campo-grandense de Ensino, depois estudei no Centro Educacional Lucia Martins, e terminei o ensino médio no Biotec, depois as faculdades e outros destinos.
JFR: O que representa a família para o cidadão Argemiro?
Argemiro: A família é a célula básica da sociedade, é a célula básica da minha vida, eu cheguei aqui nesta querida cidade de Rondonópolis em 1977 como aluno do curso de formação de oficiais do 18º. GAC. Neste mesmo ano conheci a Sandra que hoje é minha esposa estamos casados há 35 anos. Temos duas filhas maravilhosas, Janaina e Janemara.
JFR: Qual o momento mais surpreendente da sua trajetória de vida?
Argemiro: Eu sou espirita desse de pequeno, o meu avô pegava agente pelo braço e nos íamos para a Casa Espirita Ismael a qual ele dirigia. Nós somos da linhagem kardecista, e tive uma passagem espiritual que nos marcou muito tanto eu como a minha esposa. A situação envolveu a nossa primeira filha, com um problema de saúde, sem dúvida um fato marcante na minha vida, que a medicina material esgotou todos os recursos. Foi uma passagem espiritual que fez com que a menina permanecesse entre nós, e até hoje agradecemos aquele momento. Fomos iluminados, deixamos tudo nas mãos de Deus ele abençoou o resgate daquela alma. O nosso presente é o resultado do nosso passado e o nosso passado será o resultado do nosso presente.
JFR: Na sua opinião o que fazer para que as pessoas melhorem a qualidade dos seus pensamentos?
Argemiro: A religiosidade é fundamental, independente de ser evangélico, católico, budista, espirita, acreditar que a unidade básica formadora da sociedade é a família. Família e religiosidade, juntas vencem os obstáculos.
JFR: Qual a sua maior preocupação nesse momento de turbulência que aflige a sociedade brasileira?
Argemiro: Nós brasileiros temos que ter mais confiança, acreditar no futuro, as coisas mudam. Nós tivemos alguns momento no país muito complicados, e se continuássemos no mesmo caminho seriamos levados a uma situação de instabilidade total, características dos países dos fatos que vem acontecendo nos países a América do Sul. Hoje temos uma configuração diferente neste momento vislumbrando um futuro melhor para os nossos filhos.
JFR: Nós agradecemos a sua gentil atenção e consideração para com a nossa reportagem, deixe a sua mensagem para os jovens rondonopolitanos:
Argemiro: Já nos meus 60 anos eu me permito não deixar uma mensagem somente para os jovens, eu deixo essa mensagem para os pais jovens, e aos jovens pais. Família, família, religiosidade acredite no futuro, nessa geração que está vindo agora estão reencarnando crianças que são almas velhas na espiritualidade necessitam que os pais orientem bastante. Não tenham receio de dizer não, e muita brasilidade.