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sexta-feira, novembro 22, 2024

Whatsapp e a praça pública

As redes sociais, em especial o whatsapp caiu no gosto do brasileiro, hoje o famoso “zap zap” faz parte da cultura da nossa sociedade, é praticamente inconcebível ver um cidadão fora dos grupos ou que não tenha um telefone com um número para o whats.
No entanto, tudo que é novidade aos poucos vai gerando mudanças de comportamento e em muitos casos problemas em razão do mau uso. Nos dias modernos, há milhares de ações na Justiça relacionadas ao uso do aplicativo.
Há pessoas que não medem consequência quando está com zap na mão; se esquecem que há regras para ser seguidas e que não se fala a torto e a direito nos grupos, agredindo ou até mesmo atingindo a honra das pessoas.
O problema comum que muitos ainda não perceberam que uma agressão ou xingamento no zap é como se fosse em praça pública, dificilmente pessoas normais sairiam gritando ou xingando um desafeto no meio da praça Brasil, no centro de Rondonópolis, sem saber que isso pode e deve resultar em grave problema ou consequência.
Por outro lado há ainda a questão do vazamento de informações sem autorização de quem deu a informação. Pouca gente sabe, mas o compartilhamento não autorizado está sujeito a pena pode ser de reclusão por um a seis meses ou pagamento de multa. Na verdade está no código penal "divulgar a alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem".
Um dirigente da equipe de futebol do Coritiba do Paraná, por exemplo, foi punido com multa ao vazar uma conversa de um grupo restrito.
No entanto, em alguns casos há exceções quando a informação for de ordem pública. O caso do vazamento das conversas entre o ex-ministro Bibiano e o presidente Bolsonaro, dependendo da forma que for interpretada, caso haja um processo pode cair neste caso e o ex-ministro, caso realmente tenha vazado a conversa escapar de uma punição.
Alguns juízes também têm punido administradores dos grupos em razão de ataques e xingamentos. Segundo o site UOL: “No ano passado, uma jovem foi condenada a pagar R$ 3.000 a outros rapazes que foram xingados dentro de um grupo no WhatsApp que ela administrava. Ela não havia ofendido ninguém, mas, segundo a Justiça, não fez nada para impedir que isso ocorresse. E, segundo o juiz que avaliou o caso, ela foi omissa, já que tinha o poder de fazer algo, mas tomou a decisão de abster-se”.
Essa punição serve de exemplo e de alerta para as agressões, calúnias e palavras de baixo calão em grupos. Reafirmando, temos que ter todo o cuidado com os posicionamentos nos grupos. Não estamos falando em censura e sim nos limites de comportamento e lembrando que toda a ação gera uma reação na mesma ou em maior intensidade.
Portanto é chegada a hora de todos nós refletirmos o nosso comportamento em rede social.

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