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domingo, novembro 24, 2024

Wellington pede atenção do Governo para combate a drogas ilícitas nas estradas

Pesquisas mostram aumento no índice de uso de drogas entre condutores e aumento de acidentes nas estradas

O crescente uso de drogas entre condutores de carretas e caminhões nas estradas
do Brasil é um capítulo que merece atenção especial por parte do Governo. Ao destacar o projeto de lei sancionado pela presidente Dilma Roussef, no começo da semana, o senador Wellington Fagundes (PR-MT) enfatizou a necessidade de se colocar em prática o exame obrigatório de toxicologia. “Daqui a 90 dias, todos os motoristas terão que passar por esse exame” – frisou o parlamentar.

Da tribuna do Senado, Wellington afirmou, nesta quinta (5), que são preocupantes os dados das pesquisas que tratam sobre o uso de drogas entre os caminhoneiros. Segundo ele, levantamento realizado pela Concessionária Rota do Oeste mostra que um em cada cinco motoristas que trafegam pela BR-163, em Mato Grosso, admite que já usou ou ainda faz uso de substâncias ilícitas e estimulantes – conhecidas como rebites.

Essa situação, segundo ele, está associada às longas jornadas de trabalho a qual são submetidos. Conforme o estudo, também é alto o índice de consumo de álcool e tabaco no período de condução: 26% admitiram que bebem e 22% são fumantes. Entre os caminheiros que responderam a pesquisa da Rota do Oeste, pelo menos 27% disseram já ter sentido sonolência diurna e 30% contaram que já se envolveram em acidentes nas estradas.

Um dos interlocutores da discussão entre Governo e caminhoneiros durante o período de greve que paralisou o transporte de produtos no Brasil, Wellington afirmou que ao mesmo tempo em que o Governo precisa arcar com responsabilidades de assegurar condições melhores aos condutores, através da melhoria na infraestrutura de estradas e paradas, os “motoristas e transportadores também precisam assumir sua parcela de responsabilidade sobre muitas situações que ocorrem nas rodovias do Brasil”.

“Há quanto tempo vivemos essa situação? E quanto tempo viveremos mais?

Pergunto ainda: quantas e quantas vidas se perderam nas rodovias do Brasil porque o motorista, condutor de nossas riquezas e da economia nacional, estavam drogados – na maioria das vezes empurrados pela necessidade? Quantas mães choram, quantas famílias choram suas perdas? Eu lhes respondo: milhares em todo o Brasil, a cada ano”, frisou.

Fagundes reportou ainda dados da Polícia Rodoviária Federal que apontam em Mato Grosso um total de 41 mortes ocorridas nas estradas até fevereiro deste ano. O número representa mais que o dobro em relação ao índice registrado no mesmo período do ano passado, quando 20 pessoas perderam a vida nas BRs do Estado. “Boa parte pode ser debitada nessa relação entre necessidade de cumprimento de jornada de trabalho e uso de substâncias proibidas” – denunciou. O custo social, segundo ele, exige ações concretas e efetivas.

O senador republicano afirmou que pretende estar em todos os debates possíveis entre Governo e caminhoneiros, seja em plenário ou nas comissões do Senado, por entender que o Brasil é um pais que depende das carretas e caminhões para se mover rumo ao desenvolvimento e ao equilíbrio social. “Mas também estaremos cobrando, com a mesma clareza, que se cumpra a lei. Especialmente no tocante ao uso de drogas por condutores. Esse é um ilícito intolerável” – ponderou.

100 ANOS DO SIF

Ainda durante pronunciamento desta quinta, Wellington Fagundes parabenizou o centenário de criação do Serviço de Inspeção Federal (SIF), do Ministério da Agricultura, e cobrou mais recursos para o órgão, encarregado de fiscalizar a produção de alimentos de origem animal do país. Wellington disse que o SIF colaborou para o desenvolvimento da pecuária, para a modernização dos parques industriais, para a interiorização dos frigoríficos e para transformar o interior do país em um “oásis de produção”.
Redação com Assessoria

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