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sábado, novembro 23, 2024

Wellington fagundes vota ‘sim’ à admissibilidade do impeachment de Dilma

O líder do Partido da República no Senado, Wellington Fagundes (MT), votou favorável à admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ao concordar com o parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG), nesta sexta-feira, 6, o republicano afirmou que o processo veio da Câmara dos Deputados “com um peso para aprovação de quase 370 votos”, e chamou a responsabilidade do Parlamento para votação de outros projetos importantes.

Wellington disse que, caso o texto seja aprovado em Plenário – que ele afirmou ser “soberano” nas decisões –, A presidente Dilma terá “plenas condições de apresentar suas provas e defesa”. O senador republicano afirmou que é preciso ter serenidade. “Para que não cometamos erros e sejamos injustos, ao mesmo tempo, precisa-se atuar com muita responsabilidade porque atrás de nós, sustentados por votos populares, temos uma população esperando por respostas efetivas para suas aspirações”, ressaltou.

No encaminhamento da votação, o senador republicano cobrou dos parlamentares maior celeridade na votação de temas importantes para o desenvolvimento do país. Ele lembrou os presentes que a Comissão de Orçamento ainda não começou a funcionar. E está lá o PLN 001 de 2016, que trata das novas metas fiscais e assegura recursos para investimentos.

Entre os novos aportes, Wellington sublinhou a liberação do Auxilio Financeiro de Fomento às Exportações (FEX), referente a 2016, da qual Mato Grosso receberia um ‘reforço de caixa’ na ordem de R$ 420 milhões. “É uma matéria relevante, que, apreciada no tempo correto, vai permitir investimentos por parte da União. Inclusive, há o prazo até o dia 20 de maio para votarmos também o projeto que prevê a revisão da meta fiscal”, alertou.

Segundo ele, há uma urgente necessidade de se debruçarem sobre essa questão, com prioridade, “sob pena de se paralisar o país, independente de qual chefe de Governo estiver no cargo”.

A votação em plenário deve ocorrer na próxima semana, dia 11 de maio. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tomou algumas decisões para a votação do processo na data. Os 81 senadores terão, em média, 15 minutos para falar ao longo dos debates, o que pode arrastar a sessão por mais de 20 horas. A previsão é que a votação termine dia 12 e que, se o processo for aberto, a presidente Dilma seja notificada da decisão no dia 13.

O rito do impeachment e a legislação determinam que, aprovada a admissibilidade do processo, o presidente da República é afastado imediatamente, ou ato contínuo. Somente quando o presidente recebe a notificação e assina o documento ele é afastado de suas funções. No mesmo momento, o vice-presidente recebe a notificação para assumir o comando do país.
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