No momento atual em que o pleito eleitoral se avizinha, oportuno é a abordagem sobre o tem acima.
Democracia ( do grego: demos = povo, crateos = poder), em sua definição clássica “é a forma de governo em que o poder emana do povo”. E a forma como o povo exerce esse poder é através do voto.
Pelo voto depositamos na urna, exatamente, “o nosso voto de confiança” naquele que elegemos para nos representar diante dos poderes constituídos.
Não são poucos os políticos que transformam o voto em moeda de barganha. Esses “representantes” do povo, na verdade, através de promessas mirabolantes enganam o eleitor com falácias
O eleitor desavisado deixa-se enganar pelas promessas, pelas falas bonitas, pelo “entusiasmo” do “político”. É válido lembrar que falar bonito é só bonito.
Esses “promesseiros”, em geral, procuram os eleitores mais humildes, aqueles que residem na periferia das cidades, em assentamentos, onde a seara para as promessas é fecunda. Essas pessoas mais humildes, por vezes têm necessidades imediatas atendidas por cabos eleitorais inescrupulosos, quando não pelos próprios “candidatos” que absorvem a doutrina maquiavélica para quem os “fins justificam os meios”.Um saco de cimento, uma centena de telhas, uma cesta básica, são suficientes para garantir o voto dos beneficiados..
A propósito de promessas eleitoreiras me vem à mente a lição de uma das expressões da política brasileira cuja memória foi ofuscada pela poeira do tempo, como, aliás, tantos outros da mesma época. Refiro-me ao Governador Adhemar de Barros que afirmava: “ não prometa o que você sabe que não pode cumprir ou que gostaria de realizar. Assuma, isto sim, o compromisso com aquilo que você pode realizar, tendo presente que a sua vontade não é soberana. Em política, nem sempre querer é poder”.
Daí a importância do voto consciente. .
Em sua definição clássica a consciência é “a capacidade do ser humano de conhecer valores e ordenamentos morais, aplicando-os nas diferentes situações diante das quais se encontre”. Se formos à etimologia da palavra, a derivação latina – cum scientia -significaria “ com conhecimento, com ciência” no sentido de saber.
Votar conscientemente, portanto é conhecer o programa político, do candidato, é sufragar na urna aqueles comprometidos com os valores e ordenamentos morais, em benefício da coletividade que representa, até mesmo com o sacrifício dos seus próprios interesses.
Somente através do voto consciente é que nós, eleitores, daremos a nossa contribuição para extirpar da classe política que nos representa aqueles que têm os seus próprios interesses como meta do seu mandato que lhe é outorgado por nós.
Somente através do voto consciente é que daremos um basta à corrupção e aos desmandos que denigrem a imagem de nossa pátria, do nosso estado, da nossa cidade.
Somente através do voto consciente é que daremos a nossa parcela de contribuição para a moralidade, para a ética na política.
Somente através do voto consciente é que realmente cumpriremos o nosso dever cívico de outorgar ao candidato o nosso voto de confiança para que nos represente dignamente no contexto político.
Somente através do voto consciente.é que participaremos da democracia em sua plenitude.
Nas próximas eleições votemos conscientemente
J.V.Rodrigues
