Hospitais Filantrópicos de Cuiabá vão suspender atendimentos na próxima segunda-feira (22)

Na próxima segunda-feira (22), os hospitais filantrópicos de Cuiabá, Hospital Geral – HG, Hospital Santa Helena e Hospital de Câncer de Mato Grosso irão paralisar alguns atendimentos pelo Sistema único de Saúde – SUS, devido a falta de repasses da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá – SMS.
Segundo os diretores das instituições filantrópicas de Cuiabá, após meses de reuniões e conversas com o representante do município, não houve cumprimento dos pagamentos atrasados pela Prefeitura de Cuiabá.
Desde a assinatura em novembro de 2017 da nova contratualização com essas instituições, a SMS não vem fazendo os repasses dos incentivos nos setores de UTI, maternidade e exames diagnósticos de câncer, o que já acarreta uma dívida de quase R$ 3 milhões com esses hospitais e está inviabilizando a prestação de serviços.
Para o Hospital Santa Helena os atrasos representam R$ 1.560 mi referente ao incremento para manutenção da Porta aberta 24h da maternidade e os valores dos honorários médicos, sob o Índice de Valorização por Qualificação Profissional – IVQ. Onde são realizados em torno de 700 partos/mês.
Para o Hospital Geral o valor atrasado desde novembro de 2017 está em R$ 827.200,00, referente ao auxílio de custeio das UTI´s tipo III que servem de retaguarda para as cirurgias de alta complexidade cardiovascular e neurológica. O HG realiza em média mais de 35 procedimentos de alta complexidade nestas especialidades/mês.
Para o Hospital de Câncer o incentivo financeiro representa o custeio de procedimentos de diagnóstico e tratamento de câncer (iodoterapia, endoscopia, colonoscopia, polipectomia), honorários médicos (IVQ) e auxílio de UTI tipo II, onde o montante já está em R$ 319.422,38.
Para finalizar os diretores dos hospitais disseram que os valores são reconhecidos pelo município e estão nos contratos vigentes, porém não existe nenhuma perspectiva de pagamento por parte da SMS e da Prefeitura de Cuiabá. “Estes débitos estão trazendo prejuízos imensuráveis aos hospitais que às duras penas tem mantido a prestação de serviços, porém, não mais estão suportando a falta de recursos, na medida em que se trata de instituições filantrópicas, em que praticamente a totalidade de suas receitas advém dos serviços prestados aos usuários do Sistema Único de Saúde, portanto, depende dos recebimentos do SUS para honrar com o pagamento de seus colaboradores e fornecedores”.