Colheita do milho chega ao fim em MT

A colheita do milho de segunda safra está próxima de ser encerrada em Mato Grosso, principal produtor no Brasil, segundo levantamento semanal divulgado nesta segunda-feira (13) pela consultoria Céleres.
Os trabalhos de campo atingiram 95% da área cultivada, um avanço de seis pontos percentuais ante o levantamento da semana anterior.
No país, a colheita já foi realizada em 69% da área, evolução de 8,7 pontos percentuais em uma semana.
"Os trabalhos atuais estão 10,1 pontos percentuais à frente quando comparados com os trabalhos na mesma época da safra passada, quando 59% já haviam sido colhidos", disse o relatório da consultoria.
No Paraná, outro Estado com grande volume de produção na chamada "safrinha", a colheita já foi concluída em metade da área plantada, com grande avanço na última semana.
"Depois das chuvas que atrapalharam o desenvolvimento normal da colheita, o tempo seco tem motivado os produtores paranaenses a acelerar o passo", disse a Céleres.
Com o tempo favorável nas principais regiões produtoras, o Brasil está colhendo um recorde de milho na segunda safra.
A dedicação dos produtores à colheita tem atrapalhado os negócios com milho, segundo a consultoria.
"O mercado doméstico de milho apresentou-se como morno na semana passada, estando os produtores focados na colheita e os compradores pressionando os preços e oferecendo valores abaixo dos pedidos pelos vendedores, levando algumas praças a apresentarem quedas ou estabilidade", disse a Céleres.
EXPORTAÇÕES
O volume recorde de milho exportado em julho começa a sinalizar que o país poderá terminar o ano com vendas de 14 milhões de toneladas, disse a Céleres.
"Os relatórios de acompanhamento da movimentação marítima nos principais portos brasileiros apontam que em agosto de 2012 a possibilidade de serem embarcadas mais de 2 milhões de toneladas é grande", disse a consultoria.
No entanto, problemas logísticos, como a falta de caminhões e a morosidade no processo de transbordo em portos secos em Mato Grosso e a falta de vagões no Paraná, podem interferir no bom desenvolvimento das exportações, alertou a empresa.
Fonte:FIEMT