A possibilidade da extinção da Secretaria de Cultura do Município – Secult preocupa o vereador Reginaldo Santos (PPS), que saiu em defesa do mantimento da pasta em meio a reforma administrativa que está sendo promovida pelo prefeito Percival Muniz. Na visão do parlamentar, que falou sobre o assunto nesta terça-feira (28), Muniz consegue promover o enxugamento dos custos salariais da máquina pública com alguns ajustes, sem ter de tirar o espaço conquistado pela classe artística dentro da Administração.
Reginaldo se mostrou mais uma vez a favor de um replanejamento criterioso, que não dê espaços para injustiças e retrocessos da gestão. "Quando o prefeito decidiu criar a Secretaria de Cultura em 2013 não se tratou de uma decisão puramente política, mas de uma conquista histórica de um segmento extramente importante para a cidade que é o artístico. Os artesãos, os músicos, os pintores, os atores e os demais artistas rondonopolitanos precisam de uma Secretaria de Cultura ativa. Não é um luxo é uma forma de garantir acesa uma chama primordial para a evolução de nossa sociedade", falou.
O vereador comentou que, ao seu ver, há setores onde pode haver pequenas mudanças e que geraria uma economia capaz de garantir a permanência da Secult. "Eu não tenho dúvida que o Percival é o homem mais capaz de conduzir nossa cidade neste momento de instabilidade, com um Governo do Estado totalmente omisso e heranças administrativas que se tornaram um verdadeiro abacaxi na mão desta gestão. Acontece que se confirmar a exclusão da Secretaria creio que é uma perda muito grande e desnecessária. Vejo que uma pasta que funciona no Casario, sem ter de pagar aluguel, e que tem pouco mais de 30 funcionários não vai fazer tanta diferença orçamentária se deixar de existir. Existem outras situações mais urgentes para se corrigir", opinou.
Analisando os primeiros meses de trabalho do secretário Luciano Carneiro e da equipe formada na pasta, o socialista elogiou os feitos já conseguidos. Reginaldo lembrou que em 2013, mesmo sem estar inserida na divisão do bolo orçamentário, a Secult conseguiu marcar presença melhorando a qualidade de vida da população local. "Acompanhamos um ressurgimento do Casario, que teve roda de viola, músicos e o público voltando para o mais famoso e histórico lugar de nossa cidade. Teve evento que chegou a ter mais de mil pessoas nos últimos meses, não podemos perder isto. Nossas famílias merecem. Importante ressaltar o trabalho da equipe que lá está que no ano que passou só funcionou em parceria com a iniciativa privada e outros órgãos. Como foi criada já no decorrer de 2013, a Secretaria de Cultura não foi inserida na divisão do orçamento municipal, que foi votado ainda em 2012, ou seja, a ideia era um 2014 e um 2015 ainda melhor", vislumbrou.
Santos assegura que argumentará sua visão ao chefe do Executivo, que já abriu diálogo com o legislativo sobre o momento atual do Município, segundo Reginaldo. "Creio que não parte só de mim, mas de outros colegas vereadores que já esboçaram a mesma preocupação que tenho. O prefeito já está falando conosco e vamos tentar amigavelmente, como tem sido a relação da Câmara com a atual gestão, fazer a defesa para que esta possibilidade de extinguir a Secretaria de Cultura não se concretize", afiançou.