Com uma população de quase 240 mil habitantes e mais de 200 mil veículos registrados, o trânsito de Rondonópolis é hoje um dos mais movimentados e violentos do Estado. Mas um levantamento feito com base no número de atendimentos realizados no ano passado pelo SAMU mostra que em algumas vias a situação é especialmente preocupante.
No topo da lista aparece a rua Rio Branco, seguida pela Fernando Correa da Costa, e as avenidas Goiânia, Bandeirantes e Brasil. São vias extensas e essenciais para a mobilidade urbana, já que fazem a ligação entre as regiões Norte e Sul, Leste e Oeste.
Para se ter uma ideia, o volume de acidentes graves nestas cinco vias é equivalente ao registrado no perímetro urbano da BR-364, da MT-270 e no Anel Viário – rodovias de grande fluxo e com limites de velocidade bem maiores.
Numa situação intermediária, mas também digna de preocupação, estão a Rua José Barriga, as avenidas Júlio Campos, Estudantes, Presidente Médici e Lions Internacional. A rua Dom Pedro II, também extensa e muito utilizada, aparece logo abaixo junto com a Avenida João Ponce de Arruda.
FISCALIZAÇÃO
Apesar dos dados serem do ano passado, a Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (Setrat) avalia que o quadro geral não mudou muito. Estas vias públicas seguem como campeãs de acidentes graves que, na maioria das vezes, decorrem da imprudência ou da falta de atenção às normas do trânsito.
O município afirma que tem atuado para melhorar a condição das pistas e também reforçou a sinalização em toda a cidade, com destaque para as ruas e avenidas onde a situação é mais crítica. No caso da Rio Branco houve também a concussão da duplicação do acesso ao Anel Viário – o que tem ajudado a reduzir o número de acidentes.
Mas a principal medida deve ocorrer dentro de alguns meses, com a implantação dos equipamentos de fiscalização eletrônica. Serão instalados radares, lombadas eletrônicas, avanços semafóricos, câmeras e também medidores para impedir a circulação de veículos pesados em vias onde esse tráfego é proibido.
A licitação para a implantação dos equipamentos e gestão do sistema foi realizada nesta semana. O serviço será gerido por um consórcio de três empresas e as vias com maior número de acidentes serão as mais fiscalizadas.
Eduardo Ramos – Da Redação