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Rondonópolis
sábado, novembro 23, 2024

Vai ter que melhorar

O transporte coletivo de Rondonópolis precisa ser revisto; isso é fato. Na semana passada, o Conselho Municipal de Transporte e Trânsito aprovou os novos valores para a tarifa do ônibus no município com isso a passagem pode (pois ainda depende do aval do prefeito) chegar ao valor de R$ 3,90 sendo que o valor atual é de R$3,60 e o valor pleiteado pela empresa que presta o serviço no município era de R$ 4,18. O problema é que desde o final da década passada, o transporte coletivo virou uma espécie de batata quente para os gestores de Rondonópolis. A empresa reclama de prejuízos constantes, relacionados à uma série de fatores, que vão desde o preço dos combustíveis até a burocracia da legislação e o gestor pouco ou nada consegue fazer, pois não se pode deixar a cidade sem o serviço. N a r e a l i d a d e , a detentora da concessão pública opera de forma precária, pois o contrato para a prestação de serviço venceu e há dificuldades em uma nova contratação; em 2016 chegou-se a realizar um certame, mas nenhuma empresa apareceu alegando que as exigências do edital dificultariam o lucro. Para este ano, já foi elaborado um novo edital, com menos exigências que o anterior, mas isso não quer dizer que vai haver garantia de sucesso, pois há várias questões em jogo com relação ao serviço. O que ocorre é que diferente do passado, a margem de lucro do transporte coletivo em cidades do padrão de Rondonópolis diminuiu, um dos motivos é a mudança do perfil de quem usa o transporte, a política econômica do governo facilitou o financiamento de carros e motos e isso tirou uma parcela considerável de passageiros. Também é preciso somar a concorrência de outros serviços de transportes que, por um lado, acabaram de certa forma, ficando mais rápido e eficiente, que o ônibus como o mototaxi e o Uber. Para piorar, pelo simples fato de não ter contrato em vigor, o Poder Público ficou de mãos atadas, não podendo fiscalizar de maneira condizente ou cobrar melhorias e eficiência do serviço. No futuro, a solução é uma interferência maior do Poder Público com o contrato em vigor, no sentido de oferecer mais conforto e comodidade ao usuário e com isso ajudaria aumentar a margem de lucro da empresa e evitaria a fuga das pessoas do ônibus para o Uber e mototaxi que conseguem fazer, ao menos neste momento, um serviço mais rápido e eficiente que o atual oferecido nestas condições de precariedade contratual. Caso contrário vai ser difícil qualquer empresa deste tipo se manter na cidade e a tendência é a fuga em massa do usuário para as alternativas que se encontram à disposição.

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