Terminado o período eleitoral deste ano; as discussões vão estar voltadas para o próximo processo que será em 2024. Isso mesmo, caro leitor, mal termina um período, começa a discussão de outro e assim por diante. Infelizmente, o modelo atual de eleições fraccionadas pode representar um gasto maior e uma discussão contraproducente, pois é inevitável que as eleições municipais entrem no foco da classe política e de uma forma ou outra acaba também atingindo a população.
Na verdade, a realização de eleições gerais para todos os cargos em um único ano, seria o ideal, por diversos motivos. Primeiro, que acabaria com essa história de políticos renunciarem um mandado para disputar outro, usando a política como trampolim. Nestas eleições, vimos prefeitos renunciarem o mandato na metade para disputar o governo estadual. Aqui mesmo em Mato Grosso, no passado, já vimos casos desses. Fora isso, a classe política estaria focada apenas em um único processo eleitoral, e não como é nos tempos atuais, quando o candidato entra em um processo eleitoral pensando na disputa da prefeitura daqui a dois anos.
Primeiro, que acabaria com essa história de políticos renunciarem um mandado para disputar outro, usando a política como trampolim. Nestas eleições, vimos prefeitos renunciarem o mandato na metade para disputar o governo estadual.
São muitos os candidatos, principalmente ao cargo de deputado estadual, que entram em campanha, pensando em ser prefeito na próxima, ou até mesmo vereadores que saem candidatos, em alguns casos, focados em fortalecer o seu nome para a reeleição que vai ocorrer em dois anos. Parece algo insólito tudo isso, mas é muito comum em quase todos os municípios do país. Mas o grande fator favorável para a realização das eleições únicas é a questão da economia. A Justiça Eleitoral gasta milhões a cada dois anos e com uma única eleição a cada quatro anos, esse gasto seria reduzido, pois faria a economia equivalente a um processo eleitoral.
No entanto, essa mudança depende de uma grande, ampla e isenta reforma política, em todos os aspetos. Infelizmente, isso não ocorre da noite para o dia, e vai depender do entendimento do novo congresso nacional que será eleito em outubro deste ano. Portanto, temos muita água para correr, até que o sonho das eleições únicas vire algo concreto e palpável.
Da redação – Lucas Perrone