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sexta-feira, fevereiro 28, 2025

Vacina 100% brasileira contra a dengue entra para o SUS a partir de 2026

A partir do próximo ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a disponibilizar a primeira vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue. A expectativa do governo federal é de que 60 milhões de doses anuais estejam disponíveis para a população de 2 a 59 anos, com possibilidade de ampliação conforme a demanda e a capacidade de produção.

A vacina será produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa Vertex Bioenergy (V-Biologics). O projeto faz parte do Programa de Desenvolvimento e Inovação Local do Ministério da Saúde, que já foi aprovado e se encontra na fase final de desenvolvimento tecnológico. Essa iniciativa integra a estratégia do governo para fortalecer a indústria nacional e garantir maior autonomia na produção de imunizantes e medicamentos para o SUS.

Os investimentos na parceria entre o Instituto Butantan e a V-Biologics somam R$ 1,26 bilhão. Além disso, estão previstos R$ 68 milhões para estudos clínicos que poderão ampliar a faixa etária atendida e avaliar a compatibilidade da vacina da dengue com a da chikungunya. O financiamento do projeto conta com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que analisa o pedido de registro.

Durante o anúncio da vacina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância do investimento em pesquisa, inovação e fortalecimento da indústria farmacêutica nacional. Ele ressaltou que medidas como o incentivo à inovação incremental e a criação de linhas de crédito específicas para o setor impulsionam o desenvolvimento científico e garantem avanços na saúde pública.

Além da vacina contra a dengue, o governo federal também anunciou novas parcerias para a produção nacional de outros imunizantes e medicamentos estratégicos. Entre eles, está a primeira vacina brasileira contra a gripe aviária, que poderá garantir uma resposta rápida a possíveis emergências sanitárias, com capacidade produtiva de até 30 milhões de doses por ano.

Outra iniciativa envolve a fabricação nacional da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), em parceria entre o Instituto Butantan e a Pfizer. O imunizante poderá atingir uma produção de 8 milhões de doses anuais, permitindo a ampliação da cobertura vacinal e prevenindo milhares de internações causadas por complicações respiratórias.

O governo também confirmou a criação da primeira planta produtiva de insumo farmacêutico ativo (IFA) de insulina da América Latina. O projeto prevê a fabricação de 70 milhões de unidades anuais, reduzindo a dependência externa e garantindo abastecimento para os pacientes do SUS. A insulina glargina, utilizada no tratamento da diabetes, será produzida no Brasil por meio de um acordo entre o Ministério da Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e uma empresa privada de biotecnologia.

As novas parcerias reforçam a estratégia do governo de fortalecer a produção nacional de vacinas e medicamentos essenciais para a população. Com isso, o Brasil se posiciona na vanguarda da inovação em saúde pública, reduzindo custos e garantindo maior segurança no abastecimento de insumos estratégicos para o SUS.

Fonte: Da Redação

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