A habilidade com que algumas crianças mexem em tablets ou smartphones é de assustar. Tanto que os olhinhos vidrados e os movimentos espontâneos dos pequeninos em resposta à tela e aos conteúdos mais coloridos e interativos são percebidos pelos adultos com certa surpresa. Ao avançar da idade, esse quadro não costuma se apresenta de forma muito diferente – pelo contrário, intensifica-se.
Diante dessas gerações cada vez mais conectadas, a Academia Americana de Pediatria (AAP) tranquilizou pais e/ou responsáveis ao ponderar sobre a liberação do uso de telas para crianças maiores de um ano e meio ao defender que "se forem utilizadas para fins educativos, podem trazer benefícios para o desenvolvimento infantil". Mas, recomenda-se que o tempo de exposição não seja maior do que duas horas por dia, nem que seja ininterrupto, para crianças de até cinco anos.
Conforme explica a diretora do Complexo Educandário Jardim das Goiabeiras, a psicopedagoga Ivete Ferreira, o uso equilibrado da tecnologia nas escolas e nos ambientes de interação entre crianças pode trazer uma série de benefícios que só foram possíveis graças ao advento da internet. Entre os pontos positivos resultantes da modernidade, ela ressalta que o processo de ensino-aprendizagem pode se tornar mais alegre e divertido – o que concretiza os saberes.
“Se bem aplicados, esses novos recursos tecnológicos vieram para somar no desenvolvimento infantil. No Educandário, por exemplo, eles estão presente nas aulas de inglês por meio de músicas no YouTube, entre outros. Há muitos sites que produzem conteúdos interativos, todos voltados para o público infantil, que nos auxiliam no processo de aprendizagem de uma nova língua, bem como no desenvolvimento do raciocínio, da lógica, das artes e da leitura”, comenta.
MONITORAMENTO – No entanto, a psicopedagoga alerta para a importância dos pais monitoraram, sem excessos, as atividades virtuais ou tecnológicas dos filhos dentro e fora do ambiente escolar. “É importantíssimo que os pais e/ou responsáveis estejam a par do conteúdo que está sendo consumido pelos filhos por meio dessas tecnologias. Também é necessário o controle na questão do tempo de uso dessas ferramentas”, reforça.
Neste viés, Ivete complementa que a tecnologia não pode substituir outras atividades – como brincadeiras, dentro de casa e ao ar livre, e o convívio com família e amigos. Deve-se tomar cuidado para que a criança não se torne mecanizada e não abandone totalmente as tarefas manuais – extremamente importantes para o desenvolvimento motor.
“Precisamos ser exemplo para os pequenos. Muitos não sabem, mas a criança simplesmente absorve as ações dos adultos com os quais convive nos primeiros sete meses de vida. Se a mãe ou o pai está sempre no celular, vai ser difícil provar para a criança que essa é uma ferramenta a ser usada com moderação. O que eu aconselho aos pais é que, ao chegarem em casa, deixem a internet de lado e se dediquem às brincadeiras manuais com seus filhos. Crie hábitos em conjunto”, pontua.
Dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil apontam que 22 milhões de crianças interagem com a internet em território nacional – sendo que 91% dos adolescentes entre nove e 17 anos acessam a rede pelo celular.
EDUCANDÁRIO – Além de ofertar o Sistema Maxi de Ensino, o Complexo Educandário Jardim das Goiabeiras também apresenta em sua estrutura espaços como berçário completo; salas climatizadas; campinho de futebol; pista de educação de trânsito; casa de boneca; refeitório e sala para filmes/descanso.
A escola conta com uma equipe de pedagogos especialistas em Educação Infantil, psicóloga, nutricionista, enfermeira, bióloga, auxiliares – bem como professores de língua inglesa, de balé, de artes e de música.
O Educandário Jardim das Goiabeiras Baby, atende alunos de quatro meses a dois anos, fica ao lado da unidade matriz, que atende as crianças de dois a cinco anos, localizado na rua Coronel Barros, 288, bairro Goiabeiras, em Cuiabá. Mais informações pelo telefone (65) 99976-9516.