POLICIAL

Ex-policial que matou maqueiro no HR assume a própria defesa e diz que agiu "sob violenta emoção"

Começou na manhã desta quinta-feira (04) o julgamento de Denilson Francisco Regis, 53, pelo assassinato de Alex Soares da Costa, ocorrido em 2009. Na época os dois trabalhavam no Hospital Regional Irmã Elza Giovanella, em Rondonópolis, onde ocorreu o homicídio. O detalhe é que após o crime Denilson se formou em Direito e decidiu assumir a própria defesa.

Alex Soares era maqueiro e foi assassinado com cinco tiros. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. O crime teria sido motivado por desavenças com Denilson, que também é ex-policial miliar e exercia funções de vigia e porteiro no hospital.

Na abertura do julgamento na manhã de hoje, Denilson chorou por diversas vezes ao relatar as circunstâncias que culminaram no homicídio. Ele alega que era vítima constante de racismo e bullying por parte da vítima.

“Agi sob violenta emoção, motivada por um assédio moral que perdurou por cinco anos”, afirmou.

Indagado sobre as causas e a repercussão do crime, ele se disse arrependido e afirmou que a história poderia ter sido diferente se a direção do hospital tivesse ouvido suas queixas.

“Acho que houve um erro da diretoria que não tomou as providências para cortar o mal pela raiz. O diretor deveria ter chamado nós dois na sala e tomado alguma providência, dado alguma advertência”, disse ele. “Minha consciência hoje é que cada tiro daquele pegou nos meus familiares e também nos familiares dele”.

A acusação afirma que o crime foi premeditado e teve motivo fútil. A tese é que, como ex-policial, Denilson conhecia a legislação e tinha como dimensionar a gravidade dos disparos feitos contra a vítima.

O julgamento prossegue no tribunal de júri e a sentença deve sair ainda hoje.

 

Eduardo Ramos – Da Redação

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo