A visita de deputados estaduais de Mato Grosso ao Pernambuco para conhecer a gestão do presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, pode ter sido a gota d’ água que faltava para que a deputada Luciane Bezerra (PSB), deixe a sigla. A parlamentar, que já havia externado sua insatisfação com a aproximação da agremiação com o PSD, ouviu do próprio presidente durante o encontro que as chances de PSB e PSD se unirem visando o pleito de 2014 são grandes.
“Um deputado do PSD perguntou sobre esse alinhamento entre os partidos e o Eduardo Campos confirmou que as chances são grandes, assim como de agregar outros partidos também. Eu fico muito sentida com isso porque essa aliança foge dos meus princípios e daquilo que eu acredito para Mato Grosso”, disse a deputada em entrevista ao Olhar Direto.
O fato, segundo Luciane, é que se aliança em nível nacional se concretizar, no estado o candidato da majoritária deste grupo provavelmente não seria o senador Pedro Taques (PDT), que por uma questão de afinidade e ideais políticos chegou a declarar em outras oportunidades que não se aliaria ao presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), fundador e principal articulador do PSD.
“Tenho um compromisso com o Pedro Taques e isso não escondo de ninguém. Essa aliança é algo muito maior do que as articulações partidárias aqui do estado. Essa sinalização do Eduardo também não significa que vou sair do PSB agora. Isso vai ser estudado, tem que ver se não perco meu mandato, enfim, tem que ver se isso vai se concretizar mesmo”, explicou.
Em Mato Grosso, PSD e PSB já estão em aproximação há alguns meses e participaram juntos da eleição de João Emanuel a presidente da Câmara de Cuiabá e de Chiquinho do Posto a Presidência da AMM, ambos do PSD eleitos com votos do PSB. No caso da AMM, sem o voto de Mauro Mendes. Dentre as siglas que já oficiaram convite a Luciane estão o PDT e o PSDB.