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sexta-feira, novembro 22, 2024

Uma revisão geral

A provocação feita pelo cantor Zé Neto, que forma dupla, com Cristiano, em um show na cidade de Sorriso, sobre o uso da Lei Rouanet, abriu o debate sobre o uso de verba pública para financiar artistas no Brasil. O sertanejo disparou contra a cantora Anita e artistas que recebem recursos via Lei Rouanet. Nas entrelinhas, o cantor ainda disse que ele era um artista pago pelo povo. Pois bem, a declaração de Zé Neto, abriu uma verdadeira onda de debates para descobrir quem paga quem e quem o povo realmente paga. Chegou-se à conclusão que muitos dos shows sertanejos pelo Brasil a fora é pago sim, com dinheiro do povo trabalhador, pagador de impostos.

Pois muitas prefeituras do Brasil contratam esses shows sem licitações, usando dispositivos da Lei, praticamente saqueando cidades pequenas com o orçamento apertado para a saúde, educação e infraestrutura por exemplo. Para se ter uma ideia, o Ministério Público do Estado de Roraima abriu um procedimento, para analisar a contratação de Gustavo Lima para atender a demanda de uma cidade de 8.232 habitantes, onde foram empenhados R$ 800 mil. Em Conceição de Mato Dentro em Minas Gerais foram separados para atender um show de Gustavo Lima, a quantia de R$ 1,2 milhão. No entanto, diante da repercussão negativa, a prefeitura resolveu cancelar o evento, mas vai ter quer arcar com o pagamento de R$ 600 mil a Gustavo Lima, em razão da exigência contratual do cantor. Esses casos, mostram que na verdade, o povo andou pagando muitos shows sertanejos pelo país e mostra mais: que é preciso fazer algo, para fechar essa torneira.

Precisamos deixar claro, que não somos contra eventos culturais e o investimento de recursos públicos na cultura. Mas somos contra sim, a gastos astronômicos e em artistas já consagrados, que tem grandes patrocínios. Isso soa como uma espécie de Robim Wood às avessas. Pois a impressão que temos é que se tira dos pobres (pequenos municípios do país) para dar aos ricos (grandes patrocinadores que vem suas marcas atreladas às estrelas da música, em shows pelo país inteiro).

A sugestão é que seja revista toda essa questão de contratação de nomes da música por cachês milionários e também a Lei Rouanet que também tem suas falhas. Tudo para melhorar o acesso de todos à Cultura.

Da Redação 

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