Rondonópolis que comemorou dezembro seus 55 anos, celebrando o seu surto de progresso, com perspectivas de um desenvolvimento cada vez maior, fecha u mês de janeiro revelando uma triste estatística: o aumento da violência, seja no trânsito, seja na criminalidade.
A sociedade rondonopolitana está assustada, está aterrorizada.. Como um verdadeiro tsunami a violência vem tomando conta de nossa cidade. Há uma coincidência entre política e violência que nos permite até imaginar que o que está acontecendo seja um movimento orquestrado por facções do crime organizado com o intuito de criar tumulto, estabelecer o terror na população com o nefasto propósito de desestabilizar ou criar problemas para a nova administração municipal.
Temos que admitir que há deficiência do policiamento pois que raramente se vêm policiais no centro da cidade, nas vias públicas de maior movimento comercial, onde frequentemente ocorrem pequenos furtos contra transeuntes menos avisados. Na área bancária, raramente, se vê uma viatura policial estacionada na Praça Brasil. Nos bairros a polícia aparece somente quando chamada, ou quando monta blitzes para fiscalização de documentos de condutores e de veículos.
Essa ausência de policiamento, com certeza, é um estímulo ao crime de vez que os assaltos, os furtos estão acontecendo à plena luz do dia, não só nos bairros quanto no centro da cidade em operações audaciosas que só podem ser atribuídas a profissionais do ramo. Haja vista o assalto a mão armada ocorrido na segunda feira 26, em pleno centro, à av. Pedro II, em frente a um estabelecimento bancário, quando um motorista foi despejado do malote em que conduzia numerário para depósito.
Os bandidos não estão mais preocupados em esconder o rosto. O noticiário a cada dia mostra a audácia dos criminosos que assaltam residências, postos de combustíveis, escritórios, estabelecimentos comerciais, mostrando-se ostensivamente diante de câmeras de segurança e preferencialmente à luz do dia. Moradores do Jardim Rui Barbosa, em correspondência a uma emissora de televisão, clamaram por providências das autoridades contra a violência no bairro, ameaçando até mesmo fazer justiça pelas próprias mãos…
No último dia 26 a bancada do PR da Câmara Municipal, com o acompanhamento do Deputado Wellington Fagundes esteve em Cuiabá, em audiência com o SR. Governador do Estado, para cobrar providências contra a violência em nossa cidade. Ao mesmo tempo o Sr. Prefeito Municipal anunciou providências com vistas ao mesmo assunto.
A julgar os fatos pela ótica política, há que se indagar porque não se integraram à comitiva da oposição também os vereadores da situação, porque esteve ausente o Deputado Carlos Bezerra, também rondonopolitano.
A embaixada do PR surtiu efeito pois que hoje, ontem estava em Rondonópolis o comandante geral da PM que, segundo o noticiário, aqui estava especialmente para traçar um plano de ação anti-violência. Na quarta feira (28) já se notava a pr4sença de policiais pelo centro da cidade, e viaturas percorriam alguns os bairros.
Um ícone da política nacional que foi Ulysses Guimarães ensinava que em política não existem inimigos mas sim adversários, que se dão as mãos em defesa do bem comum. O mesmo doutrinava outro “monstro sagrado” da política que foi Tancredo Neves que dizia: em política, adversários existem somente em época eleitoral. A oposição não “pode ser considerada adversária…”
Impõe-se a Rondonópolis uma verdadeira cruzada, acima de quaisquer divergências político-partidárias, com vistas a integrar toda a comunidade: políticos, associações de classe, agremiações religiosas, universidades, escolas, clubes de serviços em uma campanha por uma Rondonópolis mais humana, mais tranquila, mais sociável.
Por oportuno lembramos o que já ensinavam os Romanos lá pelo sec. I: “cescent giurgia, cescent lites” ( cessem as desavenças, cessem os desentendidos) entre facções políticas quando se tratar do bem comum da população.
J.V.Rodrigues
Da redação
Por uma Rondonópolis mais humana, mais tranquila, mais sociável.