Sem sombra de dúvidas estamos diante de uma eleição diferente, em todos os aspectos. O processo eleitoral deste ano, pode ser um divisor de águas em termos da disputa por uma série de aspecto. O primeiro é que as regras, principalmente para as eleições proporcionais são outras. Neste ano, ao contrário do que comumente ocorria os partidos podiam se coligar, criando verdadeiras chapas frankestein. Nesta disputa, não há coligações; as siglas disputam sozinhas e para isso precisam de uma boa estrutura partidária e , em muitos casos, para chegar ao sucesso é preciso lançar candidatos a cargos majoritários. Talvez aí esteja a explicação lógica para um número tão grande de candidatos interessados em entrar na disputa. Sem as coligações nas proporcionais aumentou o volume de candidaturas e , em muitos casos, dobrou. Com muitas candidaturas a vereador há a necessidade natural de aumentar as candidaturas a prefeito e por isso, aqui em nossa cidade, por exemplo teremos mais de 500 candidatos a cadeiras na Câmara e oito nomes a prefeito, igualando no caso o processo de 82, que foi a eleição com o maior número de candidaturas da história. No entanto, é importante lembrar que em 82, os partidos ao contrário do que é hoje tinham a liberdade de lançar mais de um candidato a prefeito. Mas, a grande mudança, nesta eleição, é a mais inesperada, a Pandemia da Covid-19. Está muito claro que candidatos, partidos a até mesma as autoridades ainda não tem claro qual deve ser o procedimento padrão para a disputa. Candidatos não sabem como produzir eventos, encontros e reuniões sem aglomerar. Sabem dos cuidados necessários como o distanciamento social, mas não sabem como evitar o contato mais próximo e íntimo com o eleitor. A distribuição de máscaras em reuniões pode ser uma forma de ajudar a evitar proliferar o vírus, mas pode ao mesmo tempo se configurar em um crime eleitoral, pois dependendo do entendimento, essa atitude pode ser vista como uma distribuição de brinde, o que é sim; considerado crime eleitoral. Fora isso, sem reuniões e aglomerações, essa eleição, vai valer e muito a política e a estratégia de comunicação de cada candidato. Quem conseguir chegar de forma mais eficiente e convincente, de forma virtual, no eleitor vai levar vantagem, pois no modelo presencial haverá muitas oportunidades de ficar frente a frente com o eleitor e fazer o chamado corpo a corpo em busca do voto. Portanto é o momento de inovar e buscar soluções que garantam o voto junto ao eleitor de todas as classes; quem não inovar corre o risco de ficar para trás e perder.