O eleitor de Mato Grosso está claramente deixando para definir o voto, principalmente nas eleições proporcionais, no último minuto, ou como se diz no jargão do futebol; “aos 45 minutos do segundo tempo”.
Prova disso estão nas pesquisas para os cargos de deputado estadual e deputado federal, onde o índice dos eleitores em dúvida em quem votar , em muitos casos é altíssimos e supera e muito os números de declarações favoráveis aos primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto.
Na realidade, os candidatos e o eleitor estão com problemas. O maior deles é de comunicação, pois em razão da diversidade de mídias disponíveis em vários setores, muitos eleitores ainda tem dúvida sobre quem é candidato e sobre o cargo que este ou aquele político está postulando.
O que ocorre é que o número de informações é tão grande que o próprio eleitor não está conseguindo identificar o candidato, e também é preciso reconhecer que são muitos nomes na disputa que gera uma confusão generalizada sobre quem é quem.
Para somar ainda, o eleitor quer saber o que de concreto, quem está na disputa pode fazer por ele. Os candidatos estão meio tímidos na hora de divulgar a proposta e estão mais preocupados em mostrar ao público a sua foto e o seu número.
São poucos os postulantes que estão na disputa com uma base de proposta sólida e convincente para o eleitor, na maioria das vezes, os candidatos orientados pela sua política de marketing, trabalho com propostas rasa e dentro do chamado lugar comum, o que comprovadamente não tem atraído o eleitor a votar.
Para completar, o voto para os cargos de deputado estadual e federal, geralmente não são valorizados por quem vai à urna. O votante se preocupa mais em escolher os candidatos das eleições majoritárias e sempre são mais rápidos em definir o voto para presidente e governador, e somente depois pensar em que votar nas proporcionais.
No entanto, escolher uma boa assembleia e bons representantes em Brasília é fundamental para que o presidente e governador tenham condições de realizar um trabalho a contento da população.
Escolher um deputado errado é tão prejudicial quando escolher um presidente, o eleitor precisa sim ter todo o cuidado no momento de apertar o botão verde na urna e votar e como se estivéssemos assinando um cheque em branco.
Portanto, é preciso acompanhar de perto quem é quem e votar certo, fazendo isso é meio caminho aberto.