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quinta-feira, novembro 21, 2024

Um caso a se pensar

O investimento no esporte é sem dúvida nenhuma uma forma de garantir o futuro de uma geração; assim como na educação, o esporte pode ser sim um transformador social, pode mudar a vida de pessoas e de famílias. Não podemos duvidar que o esporte e a educação são capazes de mudar realidade de famílias, cidades, estados ou até mesmo países. No entanto, o problema no Brasil é o modelo em que o Poder Público encara o esporte, na verdade no papel há até um atrelamento com a educação, quando o esporte entra na escola via a prática da educação física, mas isso preciso ir além da simples aula na quadra, é preciso que a educação e o esporte andem realmente juntos como ocorre nos Estado Unidos, por exemplo. Na terra do Tio San, uma das formas de entrar nas grandes universidades é via esporte. Lá funciona, mais ou menos assim: se o jovem tiver talento para uma modalidade, ele já tem meio caminho andado para conquistar uma vaga em uma universidade americana, o esporte é uma espécie de peso a favor de quem busca uma vaga no ensino superior. Isso mostra um crescente crescimento das práticas esportivas e ainda garante uma carreira profissional ao atleta quando ele deixar o esporte.

Não é à toa que vimos grandes astros da NBA, por exemplo, ter uma boa formação superior em diversas áreas. Michael Jordan, por exemplo, é geografo por formação na Universidade da Carolina do Norte. Larry Bird, um dos ícones do basquete, fez faculdade de educação física. O atual astro do Golden State é Stephen Curry é outro exemplo, ele é formado em sociologia e artes. Sabemos que no Brasil esse tipo de conceituação do esporte com o ensino superior ainda é algo distante, pois a base do ensino ainda é público e seria complicado estabelecer a entrada em uma escola fora do sistema atual de seleção, mas trata-se de um caso em ser estuado.

Na esfera particular, algumas instituições, mesmo que de forma tímida ainda fazem isso. Mas, talvez, seja preciso criar uma política municipal de incentivo ao esporte, além das salas de aula e da educação física. Uma ideia é aproveitar a nova estrutura do setor com quadras espalhadas por toda a cidade e criar uma política de prática esportes e formação de atletas de alto nível. Talvez seja a hora também de investir em um único esporte e tornar a cidade referência, fazendo algo semelhante o que fez a cidade de Franca no interior paulista com o basquete, ou Bastos com o Judô, Sertãozinho com o Hóquei sobre patins, Presidente Prudente com atletismo, dentre outros exemplos. Rondonópolis já revelou grandes atletas Brasil a fora sem uma política esportiva de verdade, agora imagine até que ponto nossos atletas podem chegar com um trabalho planejado e estudado para o setor: trata-se de um caso a se pensar.

Fonte: Da Redação 

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