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segunda-feira, novembro 25, 2024

UFR e IFMT Rondonópolis têm mobilizações contra corte de recursos

A decisão do Ministério da Educação de liberar os recursos orçamentários das unidades federais de ensino traz algum alívio, mas não diminui a apreensão de estudantes e profissionais que atuam nas universidades e institutos federais em Mato Grosso. Todos seriam afetados pelo corte de R$ 2,4 bilhões anunciado anteriormente, o que poderia inviabilizar o funcionamento e causar a suspensão de vários programas nestes últimos meses de 2022.

No caso dos Institutos Federais a medida iria exigir um corte de mais de quatro milhões de reais nas unidades de Mato Grosso, representando um corte de 5,8% . Só em Rondonópolis a redução seria na ordem de R$ 122.360,33.

“Não é um valor baixo. Teremos de avaliar o que vamos abandonar do nosso orçamento para atender esse contingenciamento”, disse ontem o diretor geral do IFMT Rondonópolis, Diogo Italo Segalen da Silva, antes do anúncio da liberação feito pelo Ministério da Educação.

A notícia também mobilizou estudantes e professores do IFMT Rondonópolis. Eles temiam cortes nos serviços terceirizados, como segurança e limpeza, e também o risco de suspensão do pagamento das contas de luz e Internet – essenciais para as atividades pedagógicas.

“Estamos todos preocupados. Os alunos, servidores, sindicato (Sinasefe), grêmio estudantil do IFMT, juntamente com a comunidade da UFR, que passa pelos mesmos problemas, vão lutar contra mais esse ataque”, disse o professor e mestre em Educação, Ricardo Klinkerfus.

Yoanna Alves de Souza, 17, aluna do curso técnico em Secretariado e suplente da cadeira estudantil secundarista, criticou o corte de recursos na Educação e denunciou o caráter eleitoreiro da medida.

“O governo Bolsonaro quer tirar dinheiro das escolas para financiar ações desesperadas visando conseguir a reeleição. Além de afetar as condições que temos aqui no IFMT, essa decisão compromete nosso futuro. Acreditamos que vamos cair em universidades falidas por causa desse descaso com a Educação”, disse a estudante.

UFR
A reportagem tentou levantar qual seria o corte previsto na Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), mas não conseguiu a informação junto à direção do Campus. A informação é que a reitora Anali Polizel está em férias e que os valores só seriam anunciados na próxima semana.

A professora Ivanete Rodrigues dos Santos, presidente da Associação dos Docentes (Adufmat), adiantou que os cortes teriam impacto sobre o funcionamento da universidade como um todo, já que reduzia drasticamente os recursos destinados à pesquisa, extensão e ao ensino.

“O corte nos recursos de manutenção compromete o custeio da universidade, afetando o desenvolvimento de aulas de campo, suspensão do pagamento de diárias para pesquisadores, pagamento de água, luz, telefone. Compromete o funcionamento e os projetos de investimentos em andamento”, explicou.

Apesar do anúncio feito ontem pelo ministro da Educação, Victor Godoy, sobre um recuo na decisão de cortar os recursos, até o momento não houve uma comunicação oficial confirmando se haverá a liberação total dos recursos. Por isso a comunidade acadêmica permanece mobilizada e não descarta a realização de protestos caso ocorra a redução dos investimentos previstos.

 

Eduardo Ramos – Da Redação

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