POLÍTICA

TSE responde perguntas feitas pelas Forças Armadas e rebate ataques ao sistema eleitoral

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou hoje (9) as respostas da equipe técnica às sugestões das Forças Armadas para o processo eleitoral deste ano No documento, o TSE afirma que não há uma "sala escura" para apuração da eleição, rebatendo declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) que acusou a Corte de manter uma sala secreta para contagem dos votos.

Um dos questionamentos das Forças Armadas sugeriu ao TSE que o processo de totalização dos votos fosse feito não apenas pelo TSE, como também pelos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) "visando a diminuir a percepção da sociedade de que somente o TSE controla todo o processo eleitoral e aumentar a resiliência cibernética do sistema de totalização dos votos".

Em resposta, o TSE diz que, "com o devido respeito", o questionamento continha um "equívoco". A Corte Eleitoral afirma que a centralização que hoje ocorre com os TREs foi somente de equipamentos, e que os tribunais regionais continuam a participar da totalização.

"A rigor, é impreciso afirmar que os TREs não participam da totalização: muito pelo contrário, os TREs continuam comandando as totalizações em suas respectivas unidades da federação", disse o TSE.

O TSE informou ainda que a totalização sempre pôde ser feita em cada seção eleitoral, inclusive agora com a impressão de um QR Code que possibilita a qualquer cidadão acessar os resultados de cada seção.

“Não há, pois, com o devido respeito, "sala escura" de apuração. Os votos digitados na urna eletrônica são votos automaticamente computados e podem ser contabilizados em qualquer lugar, inclusive, em todos os pontos do Brasil”.

Os questionamentos das Forças Armadas também citam temas como o nível de confiança do teste de integridade das urnas, a forma de totalização dos votos nas eleições, a inclusão do novo modelo de urna no Teste Público de Segurança e procedimentos para verificação de irregularidades no teste de integridade.

Ao divulgar os documentos, o ministro Edson Fachin, presidente do TSE, afirmou que as sugestões foram apresentadas pelas Forças Armadas fora do prazo para possível inclusão no plano de ação do TSE para as eleições deste ano. O documento foi encaminhado ao TSE em 22 de março — o prazo era 17 de dezembro.

"Não obstante, a fim de prestigiar o diálogo no âmbito da Comissão, mesmo as observações recebidas após o prazo assinalado têm recebido a devida atenção por parte do corpo técnico desta Corte".

 

(UOL)

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