Mais de duas décadas, 21 anos precisamente. Este foi o tempo aguardado por Genivaldo Santos para concluir a Educação Básica. A vontade de entrar na faculdade o levou até a Educação de Jovens e Adultos (EJA), oferecida gratuitamente pelo Serviço Social da Indústria (Sesi MT). Com o diploma em mãos, após nove meses de aula, ele ingressou no ensino superior aos 35 anos.
“Estudei somente até a 8ª série e decidi fazer a EJA após tantos anos, pois achei que seria o melhor caminho para terminar os estudos. Já tinha tentado voltar a estudar antes, mas devido ao trabalho tive que parar. Como minha irmã conseguiu concluir também pelo Sesi, decidi ir atrás disso. No começo tive dificuldade, já que tinha oito anos sem estudar, mas consegui terminar e hoje estou no primeiro semestre do curso de Gestão Ambiental”, disse o desossador da Agra Agroindustrial.
Para a superintendente do Sesi MT, Lélia Brun, a história do Genivaldo e de tantos outros industriários que passaram pela EJA demonstra a importância da educação para o mundo do trabalho. “A educação eleva a qualidade de vida do trabalhador e a produtividade da indústria, por isso ela faz parte da nossa missão de preparar os jovens e adultos para um mercado de trabalho em mutação tecnológica e organizacional. Cada turma que se forma é parte importante desta construção”, ressalta.
O industriário está entre as 35 pessoas que concluíram os estudos na unidade do Sesi em Rondonópolis somente este ano. Em 2017, o polo formou um total de 135 pessoas. As aulas têm duração de 24 meses para Ensino Fundamental e 18 para o Ensino Médio, mas é possível concluir num período mais curto, explica a superintendente. “O tempo para conclusão depende da dedicação e ritmo de estudo do trabalhador, já que as aulas são a distância. Por isso, o Genivaldo conseguiu finalizar em um tempo menor e essa é uma das principais vantagens da modalidade oferecida pelo Sesi”, conclui.
