Os desencontros dos discursos entre o presidente Jair Bolsonaro, prefeitos e governadores, com relação às estratégias de combate ao Coronavírus, tem trazido prejuízos para todos, principalmente para a população que está na ponta e que necessita de ações concretas das estruturas de Governo municipal, estadual e federal.
Neste momento de crise ímpar na história da atual geração é preciso que todos falem a mesma língua para evitar um prejuízo ainda maior do que está se prevendo, tanto em termos de vida como em termos financeiros.
É preciso reconhecer que no Brasil, o problema é maior, por diversos aspectos. O primeiro que ao contrário de países da Europa, a nossa nação tem dimensões continentais, o que dificulta de fato uma ação única e universal por parte do Governo Federal.
Cada região do país tem características sociais e até mesmo de clima atmosférico diferente e diante disso, os efeitos do Coronavirus acabam sendo diferentes de região para região.
Isso é fato, basta ver os índices da doença em diversos estados do país, em alguns deles, o vírus já extrapolou e está perto do pico em outros o vírus ainda não chegou a esse estágio, devido a uma série de fatores.
Por isso que cada estado e cada município está tendo políticas diferentes com relação a medidas de combate ao Coronavírus. Alguns como São Paulo adotaram medidas mais austeras de isolamento outros resolveram afrouxar em nome da sobrevivência da economia e com números menores de casos e com Utis praticamente vazias.
Outros como Amazonas praticamente não tem Utis para atender a população vítima da doença. Por essa ótica, o governo federal tem que atuar não somente com um política nacional de combate, reconhecendo as diferenças entre as unidades da federação, como também um mediador de experiências e aproveitar o que deu certo em Estado e levar como exemplo para outro, tentando estabelecer uma linguagem única com relação às medidas nacionais de combate ao Corona.
Cabe ao governo federal ser mais um mediador e evitar confrontos e decisões no calor do problema, antes que começamos a viver um verdadeiro caos.