Natural da cidade de Rondonópolis, passou sua infância brincando e correndo pelos poucos espaços, os campos de futebol na então pequena Vila Operária. Como toda criança tinha os seus sonhos de infância. Vamos conhecer neste espaço um pouco mais sobre sua trajetória de vida.
Jornal Folha Regional: Qual era o sonho do menino Waltenir Lima?
Teny: Na infância, eu queria ser médico, porém nunca passou pela minha cabeça trabalhar no setor da comunicação. Comecei o meu período de infância, a alfabetização na cidade de Juscimeira onde morei por alguns anos, estudei na escola Adolpho, residir na cidade de Cáceres durante 12 anos, onde terminei o ensino médio. O curso superior no CESUR em Rondonópolis, sou bacharel em direito, não exerço a profissão de advogado.
JFR: Como foram os seus momento família?
Teny: Meu pai era feirante, pessoa muito conhecida em Rondonópolis Florêncio Severino Lima, minha mãe Raimunda Costa Lima foi uma grande incentivadora de todos nós. A nossa família sempre foi muito harmoniosa, os meus irmãos Lima, Vera, Vanilda e Meire, e por parte de pai Anne, Tatiane e Fabiane, sempre colocaram o amor a amizade e o carinho em primeiro lugar. A família é o grande esteio da sociedade.
JFR: Fale um pouco sobre o fatídico momento quem mudou a sua vida radicalmente:
Teny: Em novembro de 1983 nós estávamos chegando de uma viagem, e o meu companheiro de trabalho que estava dirigindo dormiu no volante, com a batida eu fui lançado para fora do carro, fraturei a coluna e fiquei paraplégico.
JFR: Como foi a sua adaptação a nova condição de vida?
Teny: Posso dizer que aminha vida começou novamente a partir daquele momento, tive que aprender muitas coisas, sobretudo a ter mais paciência, mais humildade e simplicidade. Por mais difícil que seja a situação, você sempre vai encontrar o outro lado da moeda, ou seja, se houve um momento trágico a primeira vista, de foram natural o trágico se transforma em algo positivo. Depois do acidente me casei duas vezes, tenho um filho Júnior Lima que também está nos meios da comunicação.
JFR: Você disse começar tudo de novo, então como surgiu o radialista o locutor comercial, o apresentador de programa Teny Lima?
Teny: Na década de 90, existia em Rondonópolis um grupo de músicos que encantava a noite rondonopolitana, era famoso até hoje Ronda da Seresta. O músico Denis Maris, o Lourinho e o saxofonista João Nogueira estava se apresentando em uma lanchonete na Vila Operária, e eu estava assistindo juntamente com alguns amigos. Denis lia os comerciais do seus patrocinadores, no meio da conversa ele me pediu que eu lê-se os comerciais num bloco posterior. Eu fiquei apreensivo e nunca havia feito aquilo nem por brincadeira, ele passou o bloco escrito com os seus patrocinadores e eu passei a ler. Para o meu espanto todos que estavam na lanchonete me aplaudiram, e o Denis disse: “Depois dessa voz, eu não vou mais cantar e nem falar sobre os nossos apoiadores.” Esse foi o meu começo, Luiz Fernando que também acompanhava Ronda da Seresta, e estava no local foi até a minha mesa e me fez o convite para trabalhar na Rádio Juventude.
JFR: A partir de então como foi a sua carreira no rádio rondonopolitano?
Teny: Eu comecei durante a época de ouro do rádio em Rondonópolis, nós trabalhamos com os maiores profissionais do Brasil, a Rádio Clube era ouvida até no Japão. Cito aqui alguns exemplos: Jorge Cunha, Durley Montalvão, Clóvis Roberto, Oliveira Neto, Saul Feliz e o grande radialista filho da cidade J. Lima dentre outros. Comecei fazendo plantões esportivos na Rádio Juventude AM, a convite do diretor na época era o Gilson Lira. Permaneci na Juventude durante 8 meses. No ano e 1992 fui para a Rádio Clube a convite do então diretor Saul Feliz, lá eu apresentei durante 8 meses o Show da Noite no horário das 20h a 00h. Passei depois para o programa matutino Clube Saudade Jovem, apresentei posteriormente o Show da tarde. Nesse interim eu apresentava também os shows que eram realizados nos bairros em especial o A turma da paquera na Praça de Vila Operária. Ressaltando que o show na praça tinha a participação de inúmeros colegas de trabalho. Em 2007 entrei para a Faculdade de Direito no CESUR, sai do programa porque o horário do programa era o mesmo das aulas na faculdade.
JFR: O que representa ou representou o rádio na sua vida?
Teny: Eu sinto muita falta do rádio, mas é um grande dilema, pra não dizer problema o rádio hoje é para quem tem o dom da venda, e eu não sou vendedor. Mas ao mesmo tempo em que essa angustia se aproxima encontro um lenitivo que é o tempo. Cada coisa cada qual tem o seu tempo, sinto que não é mais o meu tempo. O rádio como atuação profissional me faz muita falta.
JFR: Como surgiu a chamada propaganda de rua na sua caminhada?
Teny: Eu comecei gravando algumas propagandas a pedido dos primeiros clientes, e saia com o meu carro de som para divulga-las. Mas a demanda cresceu e eu não tive mais condições de estar individualizado, passei então somente a gravar e a entregar os CDS para que os clientes e os seus parceiros fizessem a propaganda pelas ruas da cidade. Estou nesse ramo há 28 anos e sou muito feliz no meu trabalho.
JFR: Para encerrarmos a entrevista agradecemos o carinho da sua atenção, e o espaço final é sobre o seu agradecimento à quem você desejar:
Teny: Agradeço aos meus familiares que me deram todo o apoio possível, aos meus colegas de trabalho Nilson Avelino, você, Antônio Ribeiro, Welington Fagundes, aos saudosos Barreto, Antônio Carlos, Noel Paulino, Gilson Lira e Tostão. Saul Feliz, Vilmar Ferreira, Castilho, Paulo Jorge, Paniago e Naldinho e a todos com quem trabalhei. Agradeço este espaço concedido pelo Jornal Folha Regional.