Em entrevista ao programa Resumo do Dia, o governador Pedro Taques ressaltou que o governo poderá apresentar uma nova proposta de reajuste aos servidores do Poder Executivo se houver evolução da Receita Corrente Líquida (RCL). O governador disse esperar que os servidores do Poder Executivo aceitem o aumento de 6% proposto pelo governo e encerrem a greve.
Na entrevista, o governador reforçou que a pretensão do Estado era de cumprir com o pagamento de 11,28% do Reajuste Geral Anual (RGA). Entretanto, devido à crise financeira que atinge o país, Mato Grosso não tem caixa para cumprir com o aumento em sua integralidade. Taques destacou que somente Mato Grosso e o Paraná propuseram reajuste ao funcionalismo público.
“Nós não temos recursos financeiros para pagar o RGA. Daí nós estamos em um dilema: pagar o RGA de maio a dezembro implica em R$ 610 milhões de reais, quase R$ 90 milhões por mês a mais na folha de pagamento. Se pagar o RGA desta forma o Estado não consegue pagar a folha em dia”, disse.
Taques lembra que a crise já faz com que 15 estados atrasem os salários dos servidores, com o pagamento do RGA na integralidade, Mato Grosso ficaria nesta condição. O governador destacou que, mesmo diante das dificuldades, o Governo do Estado honrou as leis de carreiras e os profissionais da Educação, por exemplo, que somam 39 mil servidores tiveram reajuste de 7% no salário. Além disso, receberão aumento de 6%, completando 13% de aumento em março de 2017.