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domingo, novembro 24, 2024

Taques rebate discurso de Dilma sobre liberdade de investigação: “o Brasil não nasceu em 1º de janeiro de 2003”

O governador Pedro Taques (PSDB) discordou das afirmações do governo petista de que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) fortaleceram e deram maior independência à Polícia Federal, durante seus mandatos na Presidência da República, de modo que mais investigações são feitas e mais escândalos de corrupção acabam vindo à tona. O PT está no comando do Poder Executivo desde 2003, quando Lula assumiu.

“Não concordo. O Brasil não nasceu em 1º de janeiro de 2003. Como dizia o Leonel Brizola, o Brasil vem de longe. Não é possível você ter a pretensão e a veleidade de dizer que você descobriu o Brasil, os instrumentos, notadamente num país como o nosso, que tem dois presidentes”, disparou, em entrevista ao programa Roda Vida, da TV Cultura, nesta segunda-feira (9).

A afirmação foi em referência ao fato de Lula ainda ter grande influência política, mesmo cinco anos após ter deixado o Palácio do Planalto. “No Brasil temos dois presidentes, sendo um presidente emérito, igual o papa. E qual dos dois que fez a coisa certa, resolveu todos os problemas do Brasil?”, alfinetou Taques.

Apesar de admitir que os instrumentos de investigação melhoraram nos últimos anos, Taques nega que isso seja mérito do governo petista. Ele citou como exemplo o fato de, na época em que era membro do Ministério Público Federal (MPF), ser necessário um trâmite burocrático de seis anos para ter acesso a contas de investigados, enquanto atualmente isso se faz em três meses.

O governador disse, ainda, que não é atribuição do Ministério da Justiça determinar atribuições finalísticas da Polícia Federal, pois a pasta responde somente pela gestão administrativa do órgão.

“O ministro da Justiça é o chefe administrativo da Polícia Federal. Isso significa que, se o policial federal quer tirar férias ou licença médica, é o Ministério da Justiça quem define. As atribuições finalísticas da Polícia Federal passam pelo controle externo do Ministério Público Federal e o controle da legalidade pelo Poder Judiciário”, afirmou.

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