Em audiência com o presidente Michel Temer nesta terça-feira (21.03), em Brasília, o governador Pedro Taques explicou os modernos mecanismos de controle animal e de certificação adotados desde o início de sua gestão à frente do Estado que deixam Mato Grosso em vantagem aos demais entes federativos com frigoríficos envolvidos na Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. Não foram encontradas irregularidades em nenhuma planta frigorífica mato-grossense.
O sistema de certificação e rastreabilidade é tão seguro no maior estado produtor de gado bovino do Brasil, com mais de 30 milhões de cabeças, que Taques levou uma caixa com carne de Mato Grosso de presente para o presidente. “Desde a nossa posse tomamos providência para melhorar a defesa sanitária animal do nosso Estado”, disse o governador em coletiva após a audiência.
Entre as medidas adotadas, o governador priorizou o fortalecimento do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) e a criação do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), único no Brasil e que só existe em outros cinco países – Austrália, Argentina, Uruguai, Nova Zelândia e Estados Unidos. O Imac é integrado por representantes do governo, da indústria e pecuaristas.
Taques ponderou que é importante não generalizar irregularidades nas carnes de 21 frigoríficos e a conduta irresponsável de 33 dos 11 mil servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para não atrapalhar as vendas no mercado internacional. “Não podemos fazer deste fato um instrumento para perturbar a conquista de mercados internacionais. Precisamos ter defesa sanitária, isto é feito pelo Indea, Imac e Mapa, o que nós não podemos é deixar que este fato contamine o nosso mercado”.
Em relação ao impacto das restrições de países consumidores ao mercado brasileiro, o governador disse que já fez reunião com representantes do setor em Mato Grosso um dia após a deflagração da Operação Carne Fraca para que sejam tomadas as devidas providências. “Estamos diretamente ligados aos Institutos de Defesa e ao Ministério da Agricultura para colaborar em tudo o que pudermos”.