Taques reafirma corte de gastos, mas não confirma fusões

O governador eleito Pedro Taques (PDT) afirmou que a extinção de pastas e demissão de servidores comissionados, anunciados na semana passada pelo coordenador de transição governamental, Otaviano Pivetta (PDT), ainda não está totalmente definida.
Em entrevista à Rádio MixFM, na última semana, Taques afirmou que irá debater com pessoas ligadas a cada setor, antes de tomar qualquer decisão.
“Desde ontem [terça-feira, 21], comecei a me reunir com a equipe de transição para que possamos, de forma mais detalhada, conhecer os problemas do Estado. Assumi um compromisso com o cidadão e, agora, preciso saldá-lo. Defendi cortes de gastos, defendi um Estado menor, e vamos fazer isso, independentemente do número de secretarias”, afirmou.
“Uma reforma administrativa precisa ser feita de forma consciente, para diminuir o número de secretarias, sem que nós tenhamos prejuízos na execução de políticas públicas que são importantes para a sociedade mato-grossense. Para isso, precisamos ouvir as pessoas”, disse.
Taques se defendeu das criticas sofridas, na última semana, pela possível extinção e fusão de algumas pastas, como as de Cultura e Turismo.
“A Cultura, que causou uma celeuma exagerada, é uma política pública prevista na Constituição e que deve ser respeitada. Mas, se será secretaria ou não teremos que debater com a categoria. O que não é possível são a fraude e a corrupção. Vi pessoas criticando o nosso coordenador, mas não vi as mesmas pessoas lutando contra a corrupção na secretaria, contra projetos que não existem”, afirmou.
“O turismo no nosso Estado foi jogado às traças. Perdemos um momento importante, que foi a Copa, o chamado legado não foi aproveitado. Temos hotéis em Cuiabá com um grande número de vagas e, se não buscarmos uma solução, haverá prejuízo. Nós trataremos o turismo como indústria, com um viés econômico”, disse o governador eleito.
Outro assunto ainda a ser debatido será a possível extinção do MT Saúde, também abordado por Pivetta.
Segundo Taques, a questão será debatida, em breve, durante uma reunião com o Fórum Sindical.
“Nós temos que entender que o MT Saúde, em um determinado momento, foi importante. Agora, o que houve de fraude, corrupção, desvio de dinheiro é algo que até no Paraguai dá cadeia, com todo respeito ao Paraguai”, disse.
“Acredito que é possível à existência de um plano para servidores estaduais, mas não quero apenas um debate jurídico, temos que trazer o componente político e vamos debater isso com o Fórum Sindical. Quero ouvir as pessoas para que possamos decidir com fundamento em lastros e números”, afirmou.
Fonte: MidiaNews