MT já mandou R$ 3 bi aos cofres federais em impostos neste ano
A economia de Mato Grosso contribuiu com pouco menos de um por cento de todo o imposto arrecadado pela União entre janeiro a agosto deste ano. Neste período o governo arrecadou em impostos federais R$ 350 bilhões; Mato Grosso enviou aos cofres federais R$ 3 bilhões.As informações são do Instituto Brasileiro de Planejamento Urbano (IBPT).
A carga tributária do Brasil foi equivalente a 36,04% do Produto Interno Bruto (PIB) do país no primeiro semestre de 2009, sendo a primeira queda desde 2003. O levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostra que o percentual é 0,95 ponto menor que os 36,99% registrados no primeiro semestre de 2008.
Mesmo com a baixa da carga tributária, a arrecadação nominal (considerado o efeito da inflação) no país teve alta de R$ 3,12 bilhões, ou 0,6%, tendo sido arrecadados R$ 519,24 bilhões de tributos, contra R$ 516,13 bilhões no primeiro semestre de 2008. Porém, se excluída a inflação, a arrecadação total teve uma queda real de 4% no primeiro semestre, no valor de R$ 21,66 bilhões.
Do montante enviado aos cofres públicos os tributos federais totalizaram R$ 350,11 bilhões (67,43%), os estaduais R$ 140,59 bilhões (27,08%), segundo o “Impostômetro”. Já os municipais somaram R$ 28,55 bilhões (5,5%).
O diretor Regional do IBPT, o advogado tributarista Darius Canavarros, explica que a queda na carga tributária é fruto da política de desonerações adotadas pela União, como forma de estimular a economia diante da crise pela qual passou. Conforme o advogado, as desonerações adotadas, notadamente sobre o IPI dos automóveis, da linha branca de eletrodomésticos e na construção civil, levaram a uma queda da carga tributária, mas não necessariamente a uma queda na arrecadação.
Se não houvesse tais desonerações teria certamente ocorrido uma maior retração na economia o que reduziria fortemente a arrecadação tributária. Dessa forma, a arrecadação Federal foi garantida em razão das desonerações concedidas pela União. “O que parece num primeiro momento um contra senso, é justificado pelo aquecimento econômico gerado pelas políticas adotadas. Já os Estados precisam adotar também políticas desonerativas para estimular suas economias”, explanou Canavarros.
O estudo aponta ainda que cada brasileiro pagou R$ 2.711,22 de tributos no primeiro semestre deste ano, onde a arrecadação média por dia foi de R$ 2.868.752.684,18, por hora R$ 119.531.361,84, por minuto R$ 1.992.189,36 e por segundo R$ 33.203,16.
Fonte: OLHAR IRETO