Mato Grosso registra redução de 28% de casos de malária
O Ministério da Saúde divulgou dados da malária, nesta segunda-feira (05.09), que indicam redução da doença na Amazônia Legal. Em Mato Grosso, a redução chegou a 28%.
O balanço epidemiológico faz um comparativo do primeiro semestre deste ano com o ano de 2010. Nos primeiros seis meses de 2011 (janeiro a junho), o Estado registrou 862 casos de malária, contra 1.202 de 2010, apresentando queda de 28,03%. A queda segundo o Ministério da Saúde foi detectada em todos os estados da Amazônia Legal; 45% no Acre, 19% no Amapá, 41% no Amazonas, 39% no Maranhão, 36% em Rondônia, 29% em Roraima, 30% no Tocantins, e 21% no Pará.
O balanço indica também redução por internação decorrente da doença. No ano de 2010, Mato Grosso teve o registro de 76 internações no primeiro semestre do ano. Em 2011 houveram 50 casos no mesmo período, com redução de 34,02%.
O número de infecções pela Plasmodium falciparum – que causa a forma mais grave da malária – também reduziu em Mato Grosso. No primeiro semestre de 2011 registrou 222 casos, contra 309 de 2010, com queda de 28,02%.
Para o superintendente de Vigilância em Saúde de Mato Grosso, Oberdan Lira, os dados que apontam redução são resultados dos trabalhos das equipes, que incluem a intensificação de ações de rotina para o diagnóstico precoce, tratamento oportuno do paciente, bem como as ações do controle epidemiológico.
As regiões Norte e Noroeste do Estado são as que concentram o maior números de casos, de janeiro a agosto deste ano. Colniza registrou 750 casos (Noroeste), Apiacás 132 (Norte), Nova Bandeirantes 104 (Norte), Sinop 31 (Norte), Aripuanã 28 (Noroeste) e Água Boa 25(Leste).
A Malária – É uma doença infecciosa aguda causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium. A transmissão ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles, que se infecta ao sugar o sangue de uma pessoa doente.
Os criadouros preferenciais do mosquito transmissor da malária são os igarapés, por suas características: água limpa, sombreada e parada. Em humanos, se não for tratada, a malária pode evoluir rapidamente para a forma grave e levar a óbito. Entre os sintomas, os mais comuns são dor de cabeça, dor no corpo, fraqueza, febre alta e calafrios. O período de incubação varia de oito a 17 dias, podendo, entretanto, chegar a vários meses, em condições especiais.
A malária tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Ainda não existe uma vacina disponível contra a doença. Contudo, algumas medidas de proteção individual contra picadas de insetos devem ser utilizadas, principalmente nas áreas de risco. O uso de mosquiteiro impregnado com inseticida; o uso de telas nas portas e janelas; o uso de repelente e, ainda, evitar locais de banho em horários de maior atividade do mosquito – manhã e final da tarde – são exemplos de medidas que devem ser adotadas para evitar a transmissão.