No Brasil, um paradoxo hídrico se desenha dramaticamente: cerca de 33 milhões de pessoas estão privadas do acesso à água potável. Este cenário se destaca ainda mais quando consideramos a abundância de recursos hídricos do país, incluindo dois dos maiores aquíferos do mundo: o Guarani e o Alter do Chão. A Organização Trata Brasil, dedicada ao fomento do saneamento básico, lança luz sobre essa questão urgente, especialmente em vista do Dia Mundial da Água.
Um País Rico em Água Doce
Apesar de abrigar vastas reservas de água doce, o Brasil enfrenta uma crise de acesso à água potável que transcende as barreiras geográficas, afetando desde as comunidades ribeirinhas da Amazônia até as grandes metrópoles.
O Contraste do Acesso
A disparidade no acesso à água potável é um reflexo de problemas estruturais e de gestão, onde mesmo as regiões próximas a grandes reservatórios hídricos sofrem com a falta de infraestrutura adequada para tratamento e distribuição de água.
Realidade dos Números
Dados Alarmantes
Segundo o Trata Brasil, apenas 84,9% da população brasileira tem acesso à água tratada, o que deixa um vasto número de cidadãos em situação de vulnerabilidade. Cidades como Porto Velho e Ananindeua apresentam os índices mais baixos de abastecimento.
Investimento Necessário
Para alcançar a universalização do acesso ao saneamento, é preciso ampliar significativamente os investimentos na área, superando os atuais valores aplicados, especialmente na Região Norte.
O reconhecimento do acesso à água potável como um direito constitucional é um passo crucial para garantir que o Estado brasileiro priorize o saneamento básico como uma questão de saúde pública e dignidade humana.
A crise de acesso à água potável no Brasil é um desafio complexo que exige ações coordenadas do governo, da sociedade civil e da comunidade internacional. Reconhecer o acesso à água como um direito fundamental é um passo essencial para enfrentar essa crise, garantindo a saúde e o bem-estar de milhões de brasileiros.
Fonte: Da Redação