A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu revogar, na tarde da segunda-feira 12, a prisão do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda. Com um placar de oito votos favoráveis à libertação e cinco contra, os ministros entenderam que não havia mais necessidade da prisão, uma vez que Arruda não teria mais como influir na coleta de provas.
Arruda estava preso desde 11 de fevereiro por tentar corromper uma testemunha da investigação da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Os agentes da PF investigam o esquema de arrecadação e pagamento de propina no DF, conhecido como mensalão do DEM. Além de Arruda, outros cinco denunciados tiveram a prisão preventiva suspendida pelo tribunal.
Não mais subsiste a necessidade de prisão. Não há mais como o preso influir na instrução criminal, mesmo porque ele não sustenta mais a condição de governador de Estado. Neste sentido, entendo que a prisão preventiva deve ser revogada”, afirmou o ministro Fernando Gonçalves, que preside o inquérito
Para o desembargador aposentado Wálter Fanganiello Maierovitch, colunista de CartaCapital, a libertação de Arruda já era esperada. “O delegado pediu mais 30 dias para concluir o inquérito, mas a maioria das provas já foram coletadas nesse período em que Arruda esteve preso”, afirma. “Caso Arruda volte a interferir no curso das investigações, um novo pedido de prisão preventiva pode ser feito”.
Fonte: Carta Capital (Crédito foto: José Cruz)