ECONOMIA

Bolsas no mundo todo já perderam US$ 27 trilhões no ano

A hemorragia nas bolsas de todo o mundo já somam perdas de US$ 27 trilhões no valor de ações desde o início do ano e uma queda nos mercados europeus de 43% desde janeiro. Ontem, o dia foi de novas quedas e a semana pode fechar com novos recordes de prejuízos.
Pelo segundo dia consecutivo, os mercados fecharam em quedas acentuadas. Mais uma vez, a constatação era de que a economia mundial entrará em recessão e que os planos de resgate não dariam uma resposta a isso. Os dois dias de quedas somam as maiores perdas na Europa desde 1987. O fracasso da União Européia em chegar a um acordo sobre um órgão central de regulação também contribuiu para a queda desta quinta.
O índice Dow Jones Stoxx 600 Index perdeu 5%. Desde o dia 14 de outubro, as perdas já são de 11%. Nos dias 19 e 20 de outubro de 1987, a queda somou 16%. Todas as 18 bolsas da Europa ocidental sofreram quedas. Em Londres, a redução foi de 5,4%, contra 5,9% na França e 4,9% em Frakfurt, depois que o governo anunciou que a economia alemã ficará estagnada em 2009.
Na Hungria, país que recebeu 5 bilhões de euros nesta quinta do Banco Central Europeu, a queda na bolsa foi de 8,6%, contra uma redução de mais de 12% na quarta-feira.
Desta vez, as quedas não foram apenas nas ações de bancos, mas de empresas que sofrerão com a recessão. A Rio Tinto e a Vedanta Resources despencaram em mais de 13% depois que os americanos indicaram a pior queda na atividade industrial em 34 anos. O temor é de que a demanda por minerais sofra uma queda importante.
No Reino Unido, as ações da Travis Perkins cairiam em 31%. A empresa é fornecedora de material de construção e a previsão de recessão fez o mercado desabar. As empresas de petróleo também sofreram com o barril caindo abaixo de US$ 70,00. Só a Total perdeu 9,2%. A Royal Dutch Shell teve perdas de 7,2%, também diante de uma queda na demanda pelo petróleo
Agência ESTADO

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