O presidente Jair Bolsonaro, utilizando o termo da moda, causou nas redes sociais e em todos os meios de comunicação com relação ao discurso proferido durante a semana sobre o Coronavírus. A grosso modo, o presidente classificou a doença, que mata milhares mundo afora, como uma gripezinha e deu a entender que as medidas que pedem o isolamento social não sejam seguidas pela população e que todos voltem a trabalhar. Na verdade, o presidente está em uma chamada sinuca de bico, ele tem que decidir entre a economia e a ciência. De um lado, ele sabe muito bem, que esse tipo de quarentena social, arrebenta com a economia do Brasil, em um momento em que o país estava começando uma franca recuperação. Bolsanaro também sabe que o que mantém um presidente no Poder é a economia. Dilma, não caiu simplesmente pelas pedaladas fiscais, ela caiu pelo fato de que a economia do país ia mal, se a economia estivesse bem, ela, com certeza, terminaria o seu mandato. O mesmo vale para Fernando Collor de Mello, que não deixou o poder por causa de uma Fiat Elba, e sim pelo fato de que não ter conseguido conter a inflação no Brasil; No entanto, somos sabedores que a situação econômica no país é grave ao extremo, e que os reflexos serão gigantescos, que vão do desemprego à fome e miséria de uma parcela considerável da população. Por outro lado, não podemos ir contra a ciência, que está mostrando de forma clara, que por enquanto, a única forma de combater o Coronavírus é essa, se manter dentro das nossas casas e isolados do Mundo. Em todos os lugares do planeta em que o isolamento foi feito, a curva de crescimento do vírus se estagnou. O problema é justamente esse, o preço desse isolamento. Será que estamos todos dispostos a pagar por isso? A resposta seria simples, logicamente que não. O problema é que dentro do atual quadro o que está em jogo são vidas, e dentro da normalidade ninguém quer perder um ente querido e sabe que se é para salvar vidas é válido todo e qualquer sacrifício, mesmo que ele seja o risco de ver a nossa economia que sempre foi meio capenga se degringolar. Portanto, a nossa única esperança ainda é a ciência e torcer para que nossos cientistas consigam desenvolver com rapidez uma solução para combater esse vírus de maneira prática e segura e que com isso nos livre desse dilema tão conflituoso que é sobreviver ou salvar vidas; e enquanto isso sigamos ao menos vivendo.