. O motivo é simples: trata-se de uma eleição com muitas caras novas ou até mesmo candidatos novos que já participaram de outras disputas, mas que ainda não têm tanta experiência no trânsito de uma eleição tão complexa como a de prefeito.
Tudo indica que estaremos diante de uma eleição de calouros desta vez, ou seja, de estreantes. Os deputados estaduais Cláudio Ferreira, o Paisagista, e Thiago Silva, por exemplo, são jovens em termos de idade e têm certa experiência política, tendo sido eleitos deputados. Cláudio já disputou uma vez a prefeitura de Rondonópolis, enquanto Thiago concorreu duas vezes à Câmara de Vereadores e outras duas à Assembleia Legislativa.
No entanto, ter uma certa experiência política não significa necessariamente ser experiente em disputas eleitorais. Os dois ainda não têm a cancha dessa disputa, ainda falta experiência para ambos, não em termos de governar, ambos se prepararam e são capazes, mas sim em termos de traquejo político de campanha.
Nas eleições de 2016, por exemplo, Percival Muniz, Rogério Salles e Zé Carlos do Pátio já acumulavam mais de 30 anos de experiência política.
O pré-candidato Paulo José Correia, presidente do Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis, também é um novato se comparado à velha guarda da política. Embora tenha experiência em campanhas eleitorais, nunca foi candidato.
Outro nome que surge nos bastidores é o de Carlos Augustin, conhecido como Teti que também é novato em eleições. Tete nunca disputou uma campanha eleitoral como candidato, mas já esteve nos bastidores de várias campanhas em Rondonópolis.
O vice-prefeito de Rondonópolis, Aylon Arruda, também pré-candidato à sucessão de Zé do Pátio, enfrenta o mesmo dilema. Embora tenha certa experiência nos bastidores de campanha, pois foi candidato a vice na chapa de Patti em 2020, e tenha algum histórico na política sindical, isso não significa que esteja totalmente preparado para disputar uma eleição como a de Rondonópolis.
Ser calouro não quer dizer ser incapaz e sim apenas ser novato em uma área complexa como a política.
O único nome com um pouco mais de experiência em campanhas eleitorais e que pode ser classificado como não sendo um novato é o ex-prefeito e ex-deputado federal Adilton Sachetti. Ele já disputou duas vezes a prefeitura de Rondonópolis em campanhas acirradas e disputadas. Podemos dizer que tem "o couro grosso" e está teoricamente acostumado a receber e também dar "porrada".
Será interessante ver como os chamados calouros se comportarão quando o debate se acirrar e quando começarem as trocas de acusações entre eles. Está claro para todos que nenhum deles está totalmente preparado para um debate mais intenso, uma verdadeira briga pelo voto, pela troca de acusações e pelas respostas precisas quando necessário.
É importante destacar que nesta campanha eleitoral, será crucial saber quem está por trás dos candidatos e quem os orientará em relação ao debate, não apenas sobre ideias, mas também sobre opiniões diferentes e críticas. Talvez este seja o grande ponto desta campanha eleitoral: observar como os pré-candidatos se comportarão nos momentos de tensão, o que pode servir como base para o eleitor escolher o melhor nome para governar Rondonópolis.
Fonte: Da Redação