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segunda-feira, novembro 25, 2024

Serra em Cuiabá volta a atacar Lula e Morales

Em visita à capital do Mato Grosso, o presidenciável José Serra (PSDB), elevou o tom contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste sábado (29) e reforçou as acusações contra a suposta ajuda da Bolívia a narcotraficantes. Adotou o comedimento apenas para dizer que a falta de um candidato a vice em sua chapa, após meses de negociações, não será problema para sua tentativa de chegar ao Palácio do Planalto.
Antes de aparecer empatado nas pesquisas de intenção de voto com a petista Dilma Rousseff, Serra evitava atacar Lula – um presidente com 76% de aprovação popular. Recebeu até críticas de aliados por isso, como o ex-presidente Itamar Franco (PPS). Neste sábado, foi mais direto nos ataques: "O presidente da República é o culpado pela falta de segurança, porque ele é o corresponsável", disse.
Em seguida, reforçou as críticas à área da saúde. "Acabou o ativismo e o dinamismo no Ministério da Saúde. É preciso criar um fundo para pagar bem o médico, para que possam ir aos municipios mais distantes. Precisa-se de dinheiro, mas precisa melhorar a gestão. É preciso entusiasmo, mobilização", afirmou o pré-candidato tucano, que prometeu ainda fazer um governo de unidade nacional se vencer.
"Vou fazer um governo de união nacional, governando para todas e todos, e para todas as regiões", prometeu o tucano, que tem ao seu lado oficialmente apenas o Democratas e o PPS, também oposicionistas.
Depois disso, o ex-governador de São Paulo – Estado que viu a violência aumentar no primeiro trimestre deste ano -, voltou à carga contra o presidente da Bolívia, Evo Morales. Nesta semana, o tucano acusou o mandatário do país vizinho de "no mínimo" fazer vistas grossas para o tráfico de drogas que age no Brasil e passa pela fronteira sem nenhuma fiscalização.
"Parece que virou política de governo, mandar coca e destruir nossa juventude. Noventa por cento da cocaína consumida no Brasil vem da Bolívia", atacou Serra. Segundo ele, Morales abandonou um programa de erradicação da planta de coca no país vizinho. "Ele é cúmplice porque expandiu em três vezes a produção (…) A coca precisa parar de entrar no Brasil, porque está destruindo a juventude brasileira", afirmou.
O tucano ainda se comprometeu a indicar um jurista para o cargo de ministro da Justiça se for eleito. Essa pasta trata da Polícia Federal, que tem, entre outras atribuições, a obrigação de fiscalizar fronteiras. Para o presidenciável, é preciso indicar pessoas que têm experiência para a pasta, "como membros do Ministério Público, porque os políticos só fazem relações [institucionais] com os tribunais, e não pensam em políticas de segurança".
Sem vice
Serra minimizou a falta de um candidato a vice em sua chapa presidencial, apesar de Dilma e Marina Silva (PV), suas principais adversárias nas eleições de outubro, já terem ao seu lado, respectivamente, o presidente do PMDB, Michel Temer, e o empresário Guilherme Leal. O preferido do PSDB para acompanhar o presidenciável é o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, que, no entanto, prefere buscar vaga no Senado.
"A vice é um tema que não tem me angustiado, não me angustia e nem vai me angustiar. Muito barulho por nada, mas podem ter certeza que não vai passar de junho. Não queria perder tempo com isso, pois é raro esse tempo que estamos tendo aqui", desconversou o tucano.
O ex-governador paulista também pode fazer aliança com o PP e indicar à vice o presidente da sigla, senador Francisco Dornelles (RJ). A atuação controversa de Dornelles, parente de Aécio, na aprovação do projeto Ficha Limpa pode acabar minando as intenções dos tucanos.

Fonte: Uol Notícias

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