O senador Cidinho Santos (PR) tomou posse como membro do Parlamento do Mercosul (Parlasul), nesta segunda-feira, durante sessão realizada em Montevideo, Uruguai. O Brasil é representado por 37 parlamentares no Parlasul, que legisla sobre os interesses comuns dos povos do Mercosul, do qual fazem parte a Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Venezuela.
Ao todo, o Parlamento é composto por 10 comissões temáticas focadas em propostas de integração regional. Na sessão, da qual Cidinho Santos participou, foram discutidos temas importantes para o bloco, como os acordos comerciais com a China e com a União Europeia, regras para comércio e circulação de pessoas nas regiões de fronteira, além de medidas para o combate à corrupção, lavagem de dinheiro e o narcotráfico.
Um dos pontos altos da sessão foi a discussão da criação de uma Comissão Especial de Trabalho com o objetivo de conhecer, sistematizar e avaliar os impactos globais e setoriais nas economias do Mercosul dos distintos acordos comerciais e de investimentos realizados com a China e a retomada das negociações entre o Mercosul e a União Europeia.
Para o senador Cidinho, é necessário ampliar as relações internacionais e para isso, os países integrantes do Mercosul devem ser liberados para negociação de acordos individuais. “O Chile é um grande exemplo dentro da América do Sul. Estando fora do Mercosul ele buscou acordos individuais, com grandes êxitos, e hoje desponta pela sua prosperidade, desenvolvimento e crescimento econômico e social”, disse.
O parlamentar ainda destacou a pressão feita pela China, que impõe normas de importação unilateralmente e provoca desequilíbrio na balança comercial. “A China nos impõe, por exemplo, a importação da soja apenas em grãos, ou seja, exportamos a matéria-prima, não agregamos valor algum ao produto. Processar a soja aqui no Brasil geraria riqueza para o país, mais emprego, mais impostos recolhidos, mais oportunidades de negócio”, defendeu.
Na sessão, foi aprovada a proposta de Orçamento do Parlasul para 2017 e a proposta de apoio às gestões que o Papa Francisco vem realizando na Venezuela.