Pessoas com Síndrome de Down, parlamentares, representantes de organizações da sociedade civil, professores e especialistas de diversas áreas, comemoraram hoje (21), no Senado, o Dia Internacional da Síndrome de Down. A iniciativa foi da Comissão de Assuntos Sociais da Casa, presida pelo senador Romário (Pode-RJ).
Segundo o senador, pai de Ivy Faria, portadora da síndrome, o tema deste ano traz uma reflexão sobre como garantir autonomia para crianças, jovens e adultos com Down, e foi inspirado no tema da Agenda 2030 das Organizações das Nações Unidas (ONU), Leave No One Behind (Não deixe ninguém para trás).
Celebrada por 193 países, segundo a ONU, tradicionalmente na data é promovida a conscientização sobre a importância da inclusão das pessoas com Down na sociedade, além de trazer para discussão o tema e combater o preconceito. Na programação deste ano, além de relatos de experiências de pessoas com Síndrome de Down, que contaram como superaram limites e conquistaram seus sonhos, haverá a apresentação de projetos que ajudam no desenvolvimento da fala e da leitura. Uma central de atendimento humanizado, dará acolhimento às pessoas com trissomia 21 (Síndrome de Down).
“As pessoas com deficiência foram excluídas da vida social e negligenciadas por políticas durante muitos anos, por isso esse tema é importante e traz uma mensagem clara, a de que nenhuma pessoa pode ser deixada para trás. E como fazemos isso? Com educação universal, inclusão, e, acima de tudo, respeito à diversidade”, disse o senador Romário.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, participou da abertura do evento e, muito emocionado, contou da relação afetuosa com seu irmão mais novo, José Eduardo, que este ano completa 50 anos, portador da Síndrome de Down. Toffoli lembrou que no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) há um grupo de trabalho formado por magistrados que têm filhos com Síndrome de Down ou outras deficiências.
“Vamos fazer um trabalho para que a magistratura tenha leis exclusivas para que, nessas hipóteses, o juiz, a juíza possa ter preferência de escolha do local onde vai exercer a magistratura e, assim, dar o devido apoio ao filho”, disse o ministro, referindo-se à situações na qual o juiz é empossado em um local no início da carreira e depois é transferido para cidades de interior onde não há escolas preparadas para pessoas especiais.
Exposição
Paralelamente ao evento, o Senado exibe, até o dia 28 de março, a exposição de fotos “Um olhar especial para a natureza”, resultado de uma parceria entre a fotógrafa Gi Sales e o Diário da Inclusão Social. Para captar as imagens, foram realizadas oficinas fotográficas com 11 jovens com Síndrome de Down, quando registraram os principais pontos turísticos de Brasília.
Fonte: Agência Brasil