O anúncio do governo federal, na última quarta-feira (23), de um pacote de privatizações com 57 empresas e projetos, não é surpresa para os nossos leitores. A Folha Regional já havia anunciado neste mesmo espaço que havia um estudo por parte do presidente Temer, neste sentido. A questão das privatizações é algo que deve ser analisado com calma e com muita tranquilidade, pois em algumas vezes, o que é vantagem para o Governo e população nos dias de hoje pode virar uma grande dor de cabeça no futuro. Te m o s c a s o s de privatizações que deram certo e vimos o serviço melhorar e trazer benefícios à população, mas também assistimos muitas vezes a conta da privatização vir para o povo e as vantagens mínimas. As privatizações as concessionárias de energia elétrica é um exemplo. O serviço era no passado melhor, mais eficiente e em muitos casos mais baratos, hoje é a conta é alta e as interrupções do fornecimento de energia aumentaram consideravelmente. Vale destacar que há setores que comprovadamente que o Poder Público tem tido uma atuação sofrível como é o caso dos nossos aeroportos e outros que há bons trabalhos. Nessa lista de privatizações estão: 14 aeroportos, 15 terminais portuários, duas rodovias e 11 lotes de linhas de transmissão de energia. Além da Casa da Moeda, que também fabrica passaportes. Fora isso, o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, um dos mais movimentados do país deverá ser colocado a venda, vale lembrar ainda que o aeroporto Marinho Franco, também está na lista entre os que deverão ser privatizados nesta lista apresentada pelo governo federal. A venda da participação acionária da Infraero nos aeroportos de Guarulhos, Confins, Brasília e Galeão também está nos planos. O governo espera R$ 44 bilhões em investimentos ao longo da vigência dos contratos. Na atual conjuntura entendemos que o Governo realmente precisa de receita para tocar para frente diversos pacotes de infraestrutura. No entanto, o alerta que faremos é que essas novas privatizações não aumente o valor dos serviços para o povo e mais: mantenha ou melhores a qualidade do que está sendo feito, caso contrário, o povo passará a ser o detentor de tudo que não queremos, o chamado prejuízo.