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Putin celebra vitória contra nazistas na 2ª Guerra e faz paralelo com situação na Ucrânia

O presidente russo falou hoje (09) sobre a operação militar especial na Ucrânia dizendo que, apesar de tentar, a Rússia ficou sem meios de resolver pacificamente a situação na região de Donbass. Vladimir Putin sublinhou, em referência aos militares russos, que "os rapazes estão combatendo com bravura, heroísmo e profissionalismo".

As declarações foram feitas durante as comemorações do Dia da Vitória, em que os russos celebram o 77º aniversário da vitória na Grande Guerra pela Pátria em Moscou (parte da Segunda Guerra Mundial, compreendida entre 22 de junho de 1941 e 9 de maio de 1945, e limitada às hostilidades entre a União Soviética e a Alemanha nazista e seus aliados).

"Todos os planos estão sendo implementados, o resultado será atingido. Não há nenhuma dúvida sobre isso. Se houvesse sequer uma única chance de resolver este problema de outra maneira, por meio pacífico, claro que nós utilizaríamos esta chance. No entanto, nós fomos deixados sem essa chance, simplesmente não nos deram. Simplesmente não havia outra opção", apontou ele.

Putin também se encontrou com Artyom Zhoga, pai de Vladimir Zhoga, comandante do batalhão Sparta que morreu em combate em Donbass. O presidente entregou ao pai do militar a Estrela de Herói da Rússia, que foi concedida postumamente a seu filho.

"Parabenizo você pelo Dia da Vitória e pela Estrela de Herói de seu filho", disse Putin a Zhoga.

LIÇÃO HISTÓRICA

O presidente da Rússia voltou a fazer paralelos entre o momento presente e àqueles vividos por ocasião da 2ª Guerra Mundial. Ele destacou que, naquela época, em 1940 e 1941, a URSS tentou prevenir ou adiar o início da guerra, mas essas ações foram empreendidas "catastroficamente tarde" e o preço foi gigantesco. O líder russo destacou que o país não permitirá tal erro pela segunda vez.

"Apesar de tudo, em dezembro de 2021, mais uma vez tentamos chegar a um acordo com os EUA e aliados sobre os princípios de segurança na Europa e de não extensão da OTAN. Tudo em vão. O posicionamento dos EUA não muda. Eles não acham necessário negociar conosco essa questão tão importante para nós. Seguindo seus objetivos, eles desprezam nossos objetivos. E, com certeza, nessa situação surge a questão: o que fazer, o que esperar?", questionou o presidente da Rússia.

"Sabemos muito bem que, no ano 40 e no início de 41 do século passado, a União Soviética tentou com todos os meios prevenir ou ao menos adiar o início da guerra. Para isso tentou, dentre outras coisas, não provocar até o final o potencial agressor, não realizava ou adiava as ações mais necessárias e óbvias para se preparar a repelir o ataque inevitável."

Apesar de acabar tomando finalmente esses preparativos, notou o mandatário, eles chegaram tarde demais, e a URSS virou despreparada quando a Alemanha nazista atacou o país sem declarar guerra em 22 de junho de 1941.

"Conseguimos parar e depois destruir o inimigo, mas o preço foi gigantesco. A tentativa de satisfazer o agressor às vésperas da Grande Guerra pela Pátria acabou sendo um erro, que custou muito caro para o nosso povo. Nos primeiros meses de ações de combate, perdemos territórios gigantes e estrategicamente importantes, e milhões de pessoas. Não permitiremos que este erro aconteça pela segunda vez. Não temos direito de permitir", concluiu ele.

 

Da Redação (com informações da Sputinik Brasil)

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