A semana que começa hoje será marcada por celebrações importantes para as mulheres, em especial às brasileiras. Tereza de Benguela e Maria Quitéria tornaram-se heroínas em momentos diferentes da nossa história, mas deixaram exemplos igualmente relevantes da importância e da força femininas.
No caso de Tereza há uma relação íntima com o nosso Estado. A celebração de sua trajetória ocorre nesta segunda-feira (25), que além de ser o Dia Nacional de Tereza de Benguela é também o Dia Mundial da Mulher Negra.
Tereza de Benguela viveu no século 18 e foi a líder do quilombo de Quariterê, localizado em Mato Grosso, próximo da fronteira com a Bolívia. Ela virou símbolo da resistência da comunidade negra e indígena, que comandou por cerca de duas décadas. A data foi instituída em 2014, e ajudou a popularizar a história da heroína que ficou conhecida como a Rainha Tereza do Pantanal.
O dia 25 de julho também é dedicado, em todo o mundo, às mulheres negras, latinas e caribenhas. Neste dia, há exatamente 30 anos, cerca de 400 mulheres se reuniram em Santo Domingo, na República Dominicana, para debater suas demandas políticas. O encontro foi um marco internacional da luta das mulheres, que reivindicam o combate ao racismo e à violência, além do direito ao bem viver.
Outra heroína celebrada nos próximos dias é a militar baiana Maria Quitéria, nascida em 27 de julho de 1792 – ou seja, há 230 anos. Ela foi a primeira mulher a assentar praça em uma unidade militar das Forças Armadas, e a primeira combatente pelo país, no ano de 1823.
Para se alistar, ela usou o nome do cunhado, ficando conhecida como soldado Medeiros. Mostrou destreza no manejo de armas e disciplina no campo de batalha, o que assegurou sua permanência nas fileiras do Exército quando foi descoberto que ela era, na verdade, uma mulher. Maria Quitéria pegou em armas durante a Guerra da Independência, na Bahia, para expulsar os últimos portugueses do território baiano.
E em 26 de julho, serão 70 anos do falecimento de Eva Perón. De atriz a primeira-dama da Argentina, Evita encabeçou a luta pelo voto feminino no país e tornou-se a essência de um movimento político: o peronismo. Ela faleceu aos 33 anos, por conta de um câncer uterino. Sua morte levou uma multidão às ruas de Buenos Aires.
Da Redação (com informações da ABR)