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domingo, novembro 24, 2024

Secretária apresenta estudo de carreira da Educação

A secretária Ana Carla Muniz apresentou durante uma reunião com os diretores de unidades de ensino da rede municipal o estudo de carreira dos profissionais lotados na Secretaria Municipal de Educação, na tarde, da última terça-feira (13). O estudo foi realizado levando em consideração a inflação mensurada pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e as leis que embasaram os reajustes salariais no período de 2.000 a 2014 e revela que nenhuma categoria teve perdas salarias destacando que a variação em ganhos reais oscilou entre 80,59% para os professores e 158,32% para as carreiras de Auxiliares de Serviços Gerais ASDs e vigilantes.

Para a secretária, a discussão de perdas salariais propagada pelo movimento grevista deve ser revista porque na verdade não ocorreram perdas salariais. No estudo, foram levados em consideração a reposição da inflação, ganhos reais e o adicional por tempo de serviço (2% todos os anos), e de referência, aumento dado aos servidores de dois em dois anos, variando entre 2% e 3%. Não foram levados em consideração aumentos que ocorrem nos casos de elevação de nível, quando há qualificação dos servidores. O histórico foi repassado em detalhes para os diretores e representantes do movimento grevista que estavam presentes na reunião.

Ana Carla lembrou que nesta gestão houve muitos avanços na melhoria das carreiras dos profissionais citando a equiparação dos salários dos diretores das unidades de Educação Infantil com os diretores das demais escolas; o reajuste de 5% para os professores e supervisores já em decorrência deste estudo que identificou, ainda no ano passado, a desvantagem da categoria nos aumentos concedidos pelas administrações passadas e também a revisão do PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) como foi pedido pelos servidores que alegam haver distorções entre as carreiras.

Na oportunidade, a secretária ressaltou que somente nesta gestão foram pagos R$ 1,1 milhão de direitos que estavam represados, ou seja, elevações de referência e de nível que não estavam sendo pagas pelos gestores anteriores. Também destacou que no que se refere a melhorias de infraestrutura estão sendo licitados R$ 7 milhões em obras de reformas e ampliação de escolas neste ano. “Sabemos que as escolas têm um histórico de falta de investimento, estamos fazendo o que podemos, mas iremos avançar mais”, afirmou.

Durante o encontro foram repassados todos os pontos que constavam na pauta de reivindicação dos servidores entregue ao prefeito Percival Muniz pelo Sindicato dos Servidores Público Municipais de Rondonópolis (Sispmur). Quanto ao reconhecimento dos cursos de mestrado e doutorado no Mercosul, foi apresentada a impossibilidade de pagamento em decorrência de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) do Supremo Tribunal Federal impedindo o pagamento aos profissionais do Estado de Mato Grosso. Quanto ao PCCS (Planos de Cargos, Carreiras e Salários) Ana Carla lembrou que ainda está em fase de discussão e que quem é efetivo tem todos os direitos adquiridos assegurados por lei.

A secretária solicitou que os diretores ajudassem no retorno às aulas, levando-se em consideração que das 60 escolas do município, 39 estavam paralisadas até anteontem e 34 já tinham o calendário escolar comprometido, ou seja, precisam repor os dias parados com os alunos. Neste ano, por conta da realização da Copa do Mundo, as escolas adiantaram o início das aulas para janeiro, e até os dias dos jogos do Brasil precisam ser trabalhados para garantir os 200 dias letivos das escolas em decorrência de paralisações.

Ana Carla destacou que se os professores voltarem para a sala de aula ela será parceira na negociação para abrir um diálogo com o prefeito Percival Muniz defendendo as causas dos profissionais da educação. Ela reconhece que dentre as categorias, a dos professores foi prejudicada nos reajustes salariais concedidos pelas administrações nestes últimos 14 anos.

Durante a reunião com os diretores, foi cogitada a abertura de um sindicato específico dos professores, que entendem que são eles que levam a greve e acabaram sendo os menos beneficiados, no que se refere a aumentos salariais entre as categorias abrangidas pelo estudo. Levantamento semelhante das carreiras está sendo realizado pela equipe econômica da Prefeitura.

Confira o quadro resumo de ganho por carreira da educação de 2.000 a 2.014, cuja inflação do período mensurada pelo INPC foi de 154,17%:

Cargo

Aumento total

Aumento real

Professor

234,76%

80,59%

Supervisor

254,03%

99,86%

Secretário escolar

244,82%

90,65%

Auxiliar

312,49%

158,32%

Outros cargos

236,30%

109, 13%

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