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sábado, novembro 23, 2024

Schommer, Ferreirinha e Zanete saíram praticamente eleitos de Rondonópolis em 82

Diferente dos dias de hoje, em que os candidatos a deputado estaduais precisam ter base em outros municípios para garantir a eleição;  no processo eleitoral era diferente, os votos dos rondonopolitanos praticamente garantiram a eleição dos principais candidatos da cidade.

No entanto, a tese valeu para os candidatos que tiveram mais de quatro mil votos no município. 

Um exemplo foi a votação de Antônio Alberto Schommer que tinha base consolidada em Rondonópolis e morava na cidade. Schommer era ligado ao setor de educação e tinha muita penetração dentro da igreja católica na época. 

Em Rondonópolis., ele conquistou 4991 votos, sendo o segundo  mais votado do PDS na cidade.Schommer foi eleito com 6354 votos para o mandado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. 

Também disputando pelo PDS, Zanete Ferreira Cardinal, se elegeu com 12748 votos, sendo um dos mais votados do Estado. Cardinal foi prefeito de Rondonópolis na década de 70, e um dos responsáveis pelo processo de asfaltamento no centro da cidade. 

Somente no município, ele conquistou 6414 votos.

O PDS naquele tempo tinha nomes de peso na disputa como Oscar da Costa Ribeiro, Pedro Lima, Ary Leite de Campos; dentre outros. 

O PMDB, que elegeu Bezerra a prefeito em Rondonópolis, conseguiu eleger em Rondonópolis, apenas Antônio Ferreira Neto, o Ferreirinha, que saiu da cidade com 5780 votos. Vale destacar que ele foi eleito com 6693 votos, o que prova que os votos dos eleitores da cidade foram fundamentais para eleição dele. 

No entanto, os outros candidatos do PMDB no município não tiveram a mesma sorte. Aguinaldo Leite de Lucena, pai do desportista Carlos Rufino, era um dos favoritos. Ele era presidente da ABR, um dos principais clubes sociais de Mato Grosso. 

Aguinaldo teve na cidade 1532 votos do total de 2214 votos que teve em todo o Estado.

O advogado e militante histórico do PMDB de Rondonópolis, Wilson Lemos, pai do ex-vereador Juca Lemos, também não teve votos suficientes para se eleger. Em Rondonópolis, ele teve 2825 votos e no estado ficou 3.095. 

O então advogado Pedro Pereira Campos Filho teve 908 votos no município do total de 2376 votos que teve. Vale destacar que anos depois Pedro Pereira veio a ser juiz de direito com atuação destacada no município. 

Pelo PDT, o ex-vereador Izidoro Moraes Filho, o Dorito, teve 131 votos e o total de 248 votos em todo o Estado. 

Cidade ficou sem deputado federal em 82

A tradição de eleger deputados federais por Rondonópolis não se consolidou nas eleições de 82. Os nomes dos candidatos com base eleitoral da cidade não tiveram votos suficientes para garantir a eleição. 

Vale destacar que nos anos seguintes Rondonópolis sempre elegeu federais a partir de 86 até os dias de hoje. Foram eleitos representando a cidade em Brasília nos anos seguintes: Percival Muniz, Augustinho de Freitas, Wellington Fagundes, Carlos Bezerra, Teté Bezerra e José Antônio Medeiros. 

No PMDB, o principal nome com base no município, era Paulo Nogueira, que teve na cidade 4962 votos. Nogueira, no entanto ficou com uma das suplências do partido. Ele conquistou , no total, em todo o estado, 15693 votos.

Outro nome que tinha base em Rondonópolis, era Arnóbio de Andrade, irmão do jornalista Eduardo Gomes de Andrade, que na mesma eleição foi candidato a prefeito pelo PDT. Arnóbio disputou a eleição pelo PMDB e somou no total 10 928 votos, em Rondonópolis, ele teve a votação de 3498 votos.

No PDS, o grande nome com base no município, era de Afro Stafanini, pai de Amélia Stafanini, que naquela eleição foi eleita vereadora em Rondonópolis. Afro teve, na cidade, 5234 votos e , no estado, ele conquistou 12371 votos, ficando com uma das suplências do partido. Afro foi conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e faleceu aos 86 anos em 2008. 

A bancada federal de Mato Grosso, naquela eleição ficou composta por Bento Porto, Jonas Pinheiro, Ladislau Cortes e Massao Tadano pelo PDS. O PMDB elegeu  Dante de Oliveira, Gilson de Barros, José Lacerda e Milton Figueiredo.

O  PDT e PT que lançaram candidatos a federal não conseguiram eleger nenhum nome para compor a bancada de Mato Grosso em Brasília. 

 

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