Uma semana após a liberação do tráfego na nova rotatória no cruzamento da Avenida Júlio Campos com a avenida W-6, condutores, comerciantes e moradores da região relatam alívio e gratidão. A obra era aguardada há tempos e foi viabilizada por determinação do prefeito José Carlos do Pátio (PSB), através da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito.
Construída em pouco mais de 15 dias com um investimento de cerca de R$ 170 mil, a rotatória acabou com os congestionamentos freqüentes em horários de pico e desde sua liberação não houve mais acidentes no local. Ela é usada diariamente por milhares de pessoas que fazem o trajeto entre a região central e a Vila Operária e bairros populosos da região – como o Jardim Atlântico, Parque São Jorge e o Sagrada Família.
“Antes era uma tristeza. Todo dia, de manhã e a tarde, tinha gente caída e a gente via o SAMU chegando. Muitas pessoas até já morreram aí. Agora ficou ótimo. Não tem mais acidente. Os carros passam mais devagar e a gente consegue entrar e sair de casa com segurança”, disse Maria de Lourdes Tolentino Penasso, que tem 67 anos e há 21 mora numa residência a poucos metros da rotatória.
Vinicius Gabriel, 29 anos, mora no Sagrada Família e trabalha com a mãe numa marmitaria também localizada próximo da rotatória. Ele conta que já presenciou muitos acidentes no local e diz que a rotina de tensão e insegurança mudou após a obra.
“Era muito difícil passar por aí nos horários de pico. Mas hoje tá bem tranqüilo, sem acidentes. Só tenho a agradecer essa melhoria”, afirma Vinicius.
Quem também aprovou o investimento foi Samuel Ferreira, que passa pelo cruzamento todos os dias de segunda a sexta-feira. Ele tem 34 anos e há três anos comanda uma pequena empresa que atua na área de energia solar. “Ficou muito bom. Antes o pessoal não obedecia à proibição de fazer o retorno ali e isso causava acidentes frequentemente”, relata.
Samuel elogiou a iniciativa da Prefeitura, mas reclama dos motoristas que segundo ele ainda não aprenderam a usar a rotatória.
“A rotatória é para garantir o fluxo freqüente, mas muita gente para e isso ainda provoca alguns congestionamentos. Falta educação, parece que as pessoas não tiraram habilitação ou não conseguem se adequar”, apontou.
O empresário avalia que seria necessária a presença de agentes de trânsito por alguns dias, para evitar que a falta de conhecimento prejudique o investimento feito.
“As pessoas precisam aprender a usar. No Cais houve algo parecido. Fizeram uma mudança que ficou perfeita e depois tiveram de tirar porque as pessoas insistiam em dirigir do seu jeito, e não conforme a legislação de trânsito”, completou.
Dona Maria de Lourdes também fez algumas sugestões para nossa reportagem. Quer que a Prefeitura ou as grandes empresas localizadas na Avenida Júlio Campos ajudem a manter a pista limpa. Também sugeriu que a Eletronorte aproveite o espaço em frente à rotatória para fazer uma praça.
“Eu vim de São Paulo, mas adoro Rondonópolis. Meus filhos e netos são daqui e quero o melhor para a nossa cidade. Precisamos cuidar dela com muito carinho e tudo que for feito para deixá-la mais bonita e segura é bom pra gente”, afirma.
Eduardo Ramos – Da Redação