A decisão de formar uma chapa para a nova diretoria do Consórcio Regional de Saúde Sul de Mato Grosso (Coress) para o próximo biênio, sem incluir representantes de Rondonópolis, é no mínimo um contrassenso. Afinal, a cidade é a maior contribuinte do consórcio, tanto em termos de serviços prestados na rede local quanto nos repasses financeiros, que representam cerca de 70% da arrecadação total do Coress.
Rondonópolis, o maior município da região, também é a principal financiadora do consórcio devido ao cálculo de repasses, que leva em conta o número de habitantes de cada cidade. Como diz o ditado, “quem paga a conta tem direito de opinar”. Negar a Rondonópolis uma participação ativa seria como, em uma grande empresa, o sócio majoritário não ter direito de se manifestar ou influenciar decisões importantes.
É essencial que Rondonópolis esteja inserida nos rumos do consórcio, com voz ativa e participação nas decisões. A eleição da nova diretoria do Coress, composta pelos prefeitos dos municípios associados, está prevista para o próximo dia 2 de dezembro e deverá ocorrer com chapa única. Isso significa que prefeitos de cidades que contribuem significativamente menos ao consórcio poderão ter mais influência nas decisões e no direcionamento de recursos, enquanto Rondonópolis, que mais investe, ficaria sem representatividade.
O prefeito eleito de Rondonópolis, Cláudio Ferreira (PL), já se manifestou publicamente contra essa exclusão. Ele classificou a situação como um ato de desrespeito com a cidade, e com razão. Mesmo sem um representante oficial na diretoria do Coress, Cláudio terá a responsabilidade de fiscalizar de perto os recursos e atuar nos bastidores para garantir que Rondonópolis não sofra perdas significativas.
A cidade, que tanto contribui, precisa receber o retorno proporcional de seus investimentos, especialmente em benefícios diretos para sua população. A nova direção do Coress deve levar isso em consideração e reconhecer a importância de Rondonópolis para o consórcio.
Em resumo: mais respeito com Rondonópolis, que não pode ser deixada de fora das decisões que impactam diretamente sua população e seus recursos.
Fonte: Da Redação
