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quarta-feira, novembro 27, 2024

Rondonópolis inicia produção de álcool 70º para ajudar hospitais públicos do município

O Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) Campus Rondonópolis iniciou nesta segunda-feira (06) a produção de álcool etílico 70º INPM para contribuir no abastecimento dos hospitais de Rondonópolis durante a pandemia do vírus Covid-19. A ação faz parte de um projeto elaborado pelo próprio Instituto e conta com a ajuda de apoiadores, entre eles, servidores, alunos egressos, grupos de pais, instituições públicas e empresas. No total, mais de R$ 400 mil reais estão sendo investidos para a produção do álcool que visa ajudar os municípios de Rondonópolis e Alta Floresta durante a pandemia.

A ação coordenada pela bióloga e técnica em química, Jucilene Priebe, servidora do Campus Rondonópolis, teve início ainda em março, quando foi encaminhado para o Ministério da Educação (MEC) o projeto para a produção do álcool em gel. A proposta foi aprovado com recurso de R$ 348.591,70, que está sendo destinado para a compra de insumos e embalagens para os campi de Rondonópolis e Alta Floresta. Além disso, o Reitor Willian Silva de Paula, através da Pró-Reitoria de Administração, destinou mais R$ 60 mil reais, em recursos próprios para o início imediato da produção.

Para viabilizar a produção do álcool nos laboratórios do Campus Rondonópolis, apoiadores cederam equipamentos, materiais e serviços, entre eles, a Direção Geral, pais de alunos egressos, a Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) e as empresas Fertilizantes Sell e Elétrica Serpal.

De acordo com Jucilene Priebe, os laboratórios atualmente tem suporte para a produção diária de até 300 litros de álcool etílico 70º INPM. Inicialmente serão produzidos 800 litros do produto que será destinado já nesta quinta-feira (9) para a Santa Casa de Rondonópolis e Hospital Regional.

A produção do álcool em gel ainda depende de insumos adquiridos em outros estados, já que com a alta demanda, estão em falta no mercado.

Para que o álcool chegue mais rápido aos hospitais, o projeto conta com 12 colaboradores e as equipes de trabalho estão sendo divididas em dois turnos para manter o distanciamento de segurança entre as pessoas. Também fazem parte da força tarefa, alunos egressos formados no curso de técnico em Química do próprio Campus Rondonópolis. Os acadêmicos, que estão sem aula na universidade devido a suspensão das atividades, decidiram ajudar em prol causa.

Entre eles está o Técnico em Química, Christian Vilches, que ao saber do projeto mobilizou outros colegas para participar da ação. Para Vilches, participar do projeto é gratificante já que está atuando na área de formação e torna o dia mais produtivo durante esse período de quarentena.

“Estou fazendo faculdade de medicina, mas estou em casa sem nada para fazer, e junto com o Matheus (egresso) estava com ideia de ajudar. Então pedi autorização para participar e foi tranquilo entrar. Então chamei também outros alunos, porque é melhor ajudar do que não fazer nada”, disse.

A servidora Jucilene Priebe destaca ainda que para o início da produção, o Campus conta com todas as autorizações necessárias, e que a ideia é continuar a produção com a chegada de mais doações de insumos, para que não só os hospitais sejam atendidos, mas também outras entidades assistenciais, como asilos e afins.

“Nós tivemos todos os cuidados de pedir informações para o Conselho Regional de Química para que tudo desse certo. E esse álcool (com recursos próprios) é destinado exclusivamente para área da saúde, então primeiramente vamos atender hospitais, e futuramente queremos fornecer para instituições carentes, mas isso vai depender de doações de insumos, pois mão de obra e vontade de ajudar temos bastante”, disse.

A Diretora Geral do Campus, Laura Aoyama, enfatiza que o projeto é fruto de uma corrente de trabalho e boa vontade que envolveu servidores, setor produtivo e as instituições de ensino superior pública.

"Diante dos desafios que a COVID-19 impõe, do isolamento social e das incertezas, o IFMT se une à sociedade civil e coloca sua estrutura física e intelectual para colaborar com o trabalho dos que estão na linha de frente que são os hospitais e os profissionais da saúde. Esperamos conseguir novos recursos para manter de forma permanente a produção até que a proliferação da doença esteja controlada”, destacou.

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